Após a divulgação do balanço do segundo trimestre de 2024 da Itaúsa (ITSA4), o UBS-BB emitiu um novo relatório avaliando os resultados da empresa.
A casa chama a atenção para a redução da alavancagem da Itaúsa, que encerrou o trimestre com uma dívida líquida inferior a R$ 1 bilhão. O pico recente da dívida da empresa, diz o relatório, aconteceu no terceiro trimestre de 2022, com R$ 5,8 bilhões.
Os analistas também destacam o caixa da Itaúsa, que encerrou o trimestre em R$ 3,8 bilhões, maior do que a média de 24 meses, que é de R$ 2,6 bilhões.
Desse valor, cerca de R$ 1,8 bilhão será usado para o pagamento dos juros sobre capital próprio (JCP) já anunciados pela empresa.
O desconto do valor de mercado da empresa para o valor de mercado de seus ativos está em 21,6%, diz a casa, número semelhante à média dos últimos 10 anos, que é de 22%.
Já a participação da Itaúsa no Itaú (ITUB4) tem um valor de mercado de R$ 126 bilhões, destaca o relatório, o que é maior que o valor de mercado da ITSA4 e representa 92% do valor de mercado dos ativos totais da holding.
O UBS-BB vê alguns gatilhos potenciais para a redução desse desconto, que incluem:
- A eliminação da ineficiência tributária que deve ser confirmada com a conclusão da reforma tributária
- Potencial fluxo de caixa recebido do pagamento de dividendos de subsidiárias não financeiras, o que é mais provável no longo prazo
“Mantemos a nossa visão de que a Itaúsa é a melhor maneira de se posicionar no Itaú. Acreditamos que o dividend yield de dois dígitos esperado para a Itaúsa nos próximos anos deve ajudar na reclassificação das ações”, diz o relatório.
O UBS-BB reitera recomendação de compra para as ações da Itaúsa, com preço-alvo de R$ 13,70.
Desempenho das ações da Itaúsa (ITSA4)
Confira a movimentação dos papéis da Itaúsa (ITSA4) nos últimos 30 dias:
Cotação itsa4