Itaúsa (ITSA4) quer investir nos setores de saúde e agronegócio, diz coluna

Um dos pedidos dos investidores da Itaúsa (ITSA4) é que a holding diversifique seus investimentos para além de ser acionista do Itaú (ITUB4). A empresa entendeu a demanda e agora quer investir nos setores de saúde e agronegócio, segundo a coluna Capital, do jornal O Globo.

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Em entrevista à coluna, o presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal, disse que a holding enxerga oportunidade em ambos os setores, mas que ainda não conseguiram entrar.

“Já olhamos algumas oportunidades na área de saúde, mas ainda não conseguimos entrar. É um setor que vai crescer muito e passar por mais consolidação. E com a população envelhecendo, há uma carência do setor público”, afirmou o executivo ao jornal.

Recentemente, a empresa já trabalhou nesse sentido. A Itaúsa comprou uma fatia na Aegea, que acabou levando metade do leilão da Cedae, e da NTS, do setor de gás. Essa última, inclusive, já rendeu R$ 940 milhões em dividendos desde 2017.

O segmento de saneamento é um dos preferidos da Itaúsa, como já demonstrou ao aportar R$ 1,3 bilhão na empresa. A holding, contudo, pensa em ampliar sua participação no setor.

“A Aegea atua em um dos grandes problemas do Brasil. Com a Cedae, ela passa a atender 10% da população brasileira. Os lotes também vão resultar no renascimento na Baía da Guanabara. A Baía naturalmente vai se recompor, com um impacto inacreditável.”

Hoje, a Itaúsa tem 8,53% da Aegea, fatia que Setubal considera pequena.

BC exagerou em levar Selic para 2%, diz presidente da Itaúsa

Na entrevista à coluna Capital, Setubal disse que o Banco Central (BC) não está errado em contrair a política monetária e elevar a taxa de juros básica da economia (Selic).

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“Se exagerou, foi pra baixo. Houve erro de leitura ao colocar os juros a 2%. Agora, os juros reais ainda são negativos. Temos juros de 6% e inflação de 10%! Em tese, tinha que subir mais rápido”, comentou ao jornal O Globo.

O executivo se diz cético no médio e longo prazos em relação ao Brasil. Para ele, sem reformas e com o setor privado cada vez mais cauteloso, o País repetirá o roteiro dos últimos 40 anos, com crescimento potencial de 1,5% e 2%.

“A gente vai crescer muito menos que o mundo e ficar para trás. Se não fizermos nada, vai continuar essa porcaria que vimos nos últimos 40 anos.”

O presidente da Itaúsa disse que, por mais que a inflação observada é ligada à demanda, o aumento dos juros é a única saída do BC. “O empobrecimento no Brasil nos últimos dez anos é dramático. Com a inflação, a queda de renda é ainda mais intensa. É preciso fazer algo.”

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Jader Lazarini

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