A Itaúsa (ITSA4) encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido recorrente de R$ 3,635 bilhões, um crescimento de 22,4% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a companhia, o crescimento do resultado de seu maior investimento, o Itaú Unibanco, e do resultado financeiro da holding ajudaram a impulsionar o número.
O lucro proveniente do Itaú subiu 16% em um ano, para R$ 3,668 bilhões, diante da expansão das margens e da queda do custo de crédito do banco. Entre as investidas, a CCR também elevou a contribuição para o resultado da holding: o lucro reconhecido pela Itaúsa foi de R$ 43 milhões, 102% maior.
Nas outras investidas, os resultados remetidos à Itaúsa caíram. A maior baixa foi na Aegea, de saneamento, com queda de 53%, para R$ 9 milhões. A queda veio com as despesas financeiras, decorrentes do maior endividamento da companhia. O fator foi parcialmente compensado pelo maior lucro líquido da Águas do Rio.
O resultado recorrente da Itaúsa não inclui os ganhos provenientes da fatia que a empresa detinha na XP. A holding zerou a posição em dezembro do ano passado, após um processo de dois anos de redução de sua posição. Hoje, o único investimento da Itaúsa no setor financeiro é o do Itaú, em que a companhia é parte do bloco de controle.
A Itaúsa fechou o segundo semestre com ativos totais de R$ 92,277 bilhões, um avanço de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O patrimônio líquido subiu 8,7%, para R$ 83,551 bilhões, e o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) recorrente foi de 17,7%, alta de 1,9 ponto porcentual em um ano.
Em junho, a dívida líquida da Itaúsa era de R$ 833 milhões, uma redução de 70,1% em relação a um ano antes. De acordo com a empresa, o prazo médio da dívida era de seis anos, e o custo médio, de CDI + 1,98% ao ano.
Com a emissão de debêntures feita em julho, de R$ 1,3 bilhão, e o uso dos recursos para o pré-pagamento da 3ª emissão, o custo médio da dívida cairá para CDI + 1,54% ao ano, segundo a empresa.
Outra mudança no perfil da dívida da Itaúsa diz respeito ao cronograma de amortização do principal, que passou a prever quatro anos sem amortizações, e uma redução dos pagamentos previstos para 2029 e 2030.
Com Estadão Conteúdo