Itaú Unibanco reduz PIB do Brasil a 1,3% e taxa Selic a 5,75%, para 2019

O Itaú Unibanco (ITUB3) reduziu as expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), para a taxa Selic, e para o resultado primário em 2019 e 2020. O relatório foi divulgado nesta sexta-feira (12), e baseia-se em dados fracos de atividade e o cenário político com a conturbada tramitação do texto da reforma da previdência no Congresso Nacional.

Confira abaixo as projeções do Itaú Unibanco para os indicadores em 2019:

Confira abaixo as projeções do banco para os indicadores em 2020:

  • taxa Selic: 5,5%, contra 6,5% da estimativa anterior.
  • PIB: 2,7%, contra 2,5% da estimativa anterior.
  • resultado primário: déficit de 1%, contra déficit de 0,9% da estimativa anterior.
  • IPCA: permanece em 3,6%.
  • dólar: permanece em R$ 3,90.

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Taxa Selic

O banco estima que a taxa básica de juros terá início de corte em setembro deste ano. Após a também estimada aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência. O Itaú acredita que as reduções da raxa ocorrerão em “doses” de 0,25%.

“Acreditamos que a combinação de atividade fraca com projeções de inflação abaixo da meta abrirá espaço para a implementação de estímulos monetários adicionais, caso o risco de deterioração fiscal seja mitigado pela aprovação da reforma”, escreveu o Itaú no relatório.

A meta de inflação fixada para pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, é de 4,25%. A meta tem uma tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo ir de 2,75% até 5,75%.

Saiba mais – Boletim Focus: previsão do PIB nacional cai pela sexta vez seguida 

Caso as medidas fiscais não sejam colocadas em prática, o Itaú cita:

  • aumento da chance de alta de prêmios de risco;
  • desvalorização cambial;
  • e desancoragem das expectativas de inflação.

“Esse cenário seria compatível com manutenção ou mesmo alta de juros à frente”, explicou o banco.

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PIB

Conforme cálculo do Itaú, o PIB deve contrair 0,1% no primeiro trimestre de 2019. A previsão anterior era de retração 0,3%. A redução possivelmente reflete “a redução da produção de minério de ferro em razão do rompimento da barragem em Brumadinho“.

Em 25 de janeiro deste ano, a barragem da mineradora Vale (VALE3) rompeu em Brumadinho (MG), liberando 13 milhões de metros cúbicos (m³) de lama. De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, houveram 225 mortes e 68 desaparecidos.

O Itaú Unibanco citou a recuperação apenas gradual no consumo das famílias, em meio à queda generalizada de índices de confiança em março. Além disso, o banco também mencionou a atividade industrial “estagnada”.

Amanda Gushiken

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