O Itaú Unibanco (ITUB4) e o Banco Indusval (IDVL4) estão ingressando no setor de comercialização de energia elétrica. Ambas instituições financeiras anunciaram, nesta segunda-feira (13), suas entradas no mercado de energia.
O Itaú informou que está desenvolvendo uma unidade de comercialização de energia. O banco comunicou ainda que pode futuramente vender energia para seus clientes pessoa física por meio de um aplicativo. No entanto, a instituição financeira depende ainda da autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Banco Central (BC).
O Indusval recebeu aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição de uma comercializadora veículo (não operacional) do Grupo Matrix, pertencente a DXT Commodities. A compra da empresa de comercialização de energia foi aprovada sem restrições pelo órgão regulador.
Além dos bancos que anunciaram o interesse no setor nesta segunda-feira, o BTG Pactual e o Santander já atuam no segmento. No caso do BTG, o banco adquiriu a Coomex, maior comercializadora independente de energia do País, em 2010. A subsidiária brasileira do banco espanhol ingressou no setor em 2018 após a abertura de uma unidade de comercialização.
A decisão das instituições financeiras ocorre em meio ao otimismo do setor de energia elétrica. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o número de comercializadoras de energia no País cresceu 19% entre janeiro e outubro, chegando a 324 empresas.
Itaú reduz participação na Tenda
O investimento anunciado pelo Itaú nesta segunda-feira não é o primeiro de 2020. Na última semana, o banco informou que aumentou sua participação acionária na construtora Cyrela (CYRE3) para 5,16%. Com isso, o Itaú detém 20.635.220 ações da companhia.
Saiba mais: Itaú reduz participação acionária na Tenda para 4,74%
Por outro lado, o banco comunicou que reduziu sua participação na Tenda (TEND3), empresa que atua no segmento imobiliário, para 4,74%.
Com a decisão, a instituição financeira passou a possuir 4,9 milhões de ações da empresa. “O Itaú declara que não tem o objetivo de alterar a composição do controle acionário ou estrutura administrativa da companhia”, comunicou a Tenda.