Nesta terça-feira (17), foi divulgada a ata da última decisão do Copom, que elevou a Selic em 1 ponto percentual, de 11,25% para 12,25%. Diante do documento, o Itaú emitiu um novo relatório estimando uma taxa terminal de 15%.
O Copom já antevê duas altas de 1 ponto percentual nas duas próximas reuniões, o que elevaria a taxa para 14,25%. Assim, o Itaú ainda espera outra alta, de 0,75 pp.
“Esperamos que a Selic termine o ciclo em 15,00% ao ano, com dois aumentos adicionais de 100 p.b. e um final de 75 p.b., na reunião de maio de 2025”, escrevem os analistas no relatório.
O banco afirma que a ata do Copom apresenta, de forma clara, um cenário de inflação muito desafiador, que motivou uma resposta forte na política monetária, embutida tanto na decisão quanto na sinalização.
O relatório também chama a atenção para o fato de que a alta de 1 ponto percentual na última reunião do Copom, assim como a sinalização de novas altas da mesma magnitude nas duas próximas reuniões, foram feitas de forma unânime entre o colegiado.
“O texto basicamente consolida as próximas duas decisões de política monetária, que são aumentos de 100 p.b., a menos que haja uma melhoria significativa (improvável) no ambiente inflacionário”, diz o Itaú.
Assim, a casa não espera que as próximas decisões de política monetária no Brasil fujam daquilo que já foi previsto e sinalizado pelo Copom na decisão mais recente e também na ata divulgada nesta terça.
Veja mais detalhes da ata do Copom
Na última quarta-feira (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 11,25% para 12,25% ao ano, e sinalizou mais dois ajustes de mesma magnitude nas próximas reuniões. A ata do Copom divulgada nesta terça-feira (17) destaca que ambas as decisões foram feitas de forma unânime.
O documento também reforça que a magnitude do ciclo de aperto será determinada pelo firme compromisso do Banco Central em trazer a inflação de volta à meta, levando em conta fatores como as projeções de preços, o cenário econômico e o balanço de riscos.
A ata detalha que a deterioração adicional das expectativas e projeções de inflação exigiu uma resposta mais tempestiva. O Copom destacou que os “vários riscos se materializaram”, tornando o cenário mais adverso, mas com maior previsibilidade.
Nesse contexto, diz o comitê, a sinalização mais clara sobre as próximas decisões para a Selic ocorreu para oferecer visibilidade ao mercado, diante de um cenário doméstico resiliente e um ambiente internacional desafiador.