Itaú reduz a previsão do crescimento do PIB deste ano para 1,8%

O Itaú Unibanco (ITUB, ITUB4) reduziu nesta sexta-feira (6) as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 1,8% para 2020. A previsão anterior feita pelo banco era de 2,2%.

Segundo a instituição financeira, a revisão é resultado de sinais de arrefecimento da atividade econômica em meio à desaceleração global.

“Há sinais de desaceleração maior que o esperado” no primeiro trimestre do ano, declarou o banco, em relatório. “Além disso, o arrefecimento da economia global deve ter efeitos negativos sobre o crescimento do Brasil”, acrescentou.

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O IBGE divulgou os resultados do PIB do ano de 2019. De acordo com os dados do Instituto, o PIB brasileiro cresceu 1,1% no ano passado. Este é o pior resultado em três anos.

Segundo o banco, o País deve retomar o crescimento da economia gradualmente após o final da primeiro trimestre. A aceleração seria fruto do investimento de crédito privado.

O Itaú manteve as projeções para o PIB de 2021, em 3,0%. “O estímulo monetário adicional deve levar a taxa de juros real para próximo de 0%, o que deve ter impacto positivo sobre o crédito privado e manter o cenário de aceleração da atividade no ano que vem”, explicou.

No entanto, um desaceleração forte do mercado internacional e a interrupção dos projetos de reforma no Brasil poderiam colocar em risco os dados do PIB para 2021.

Outros cálculos do Itaú

O banco também aumentou as projeções para o déficit primário. Com a redução do crescimento como cenário, o Itaú espera déficit de 1,1% do PIB (R$ 85 bilhões) neste ano, frente a 1% (R$ 80 bilhões) na última projeção.

A instituição também revisou para cima a expectativa do déficit primário em 2021. A previsão foi de 0,5% do PIB (R$ 40 bilhões) para 0,6% (R$ 45 bilhões).

Além do Itaú, outras duas instituições revisaram para baixo o PIB brasileiro. O Banco Fibra revisou a estimativa para 2020 de 2,6% para 1,8%, assim como a brasileira. Da mesma forma, a corretora Guide Investimentos estimou o crescimento de 1,6% para este ano, frente a previsão anterior de 2,4%.

Arthur Guimarães

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