Itaú (ITUB4): resultado foi pouco inspirador e foco agora está em 2021, dizem analistas
Após o Itaú Unibanco (ITUB4) divulgar nesta segunda-feira (1) seu resultado do quarto trimestre de 2020, analistas da XP Investimentos, BTG Pactual (BPAC11) e Credit Suisse deram, em relatórios, suas perspectivas para o banco. Em geral, o resultado não animou e o esperado, agora, são as atitudes que o banco terá em 2021.
O Credit Suisse e a XP Investimentos definiram o resultado como “em linha com o esperado”. O BTG, entretanto, afirmou que o balanço foi pouco inspirador.
Para o Credit Suisse, mesmo com queda no lucro na base anual, o Itaú vem mostrando uma melhora na base sequencial de ganhos por conta da recuperação das taxas e do declínio das provisões para contingências. O banco pontua também como positivo o fato de as despesas operacionais terem crescido abaixo da inflação.
Para 2021, os analistas do Credit Suisse continuam vendo o custo de risco para o Itaú elevado, apesar da melhora do sistema econômico. Para a instituição, a carteira de crédito do banco deve crescer 6,5% no ano, em linha com o que foi divulgado pelas projeções da administração. O custo de crédito, segundo análises do CS, deve cair 23% na base anual
O banco ainda espera que o Itaú consiga reverter o baixo desempenho com serviços e seguros, crescendo 3,1% e que movimentação de cisão com a XP Investimentos impulsione o balanço anual.
Mercado acompanha declarações do novo presidente do Itaú
Para a XP, a carteira de crédito cresceu mais do que o esperado e as margens surpreenderam, com o spread bancário avançando 0,5 pontos base na base trimestral. Para a corretora, o desempenho de serviços e da linha de seguros frustrou.
Além disso, os analistas da XP comentaram a cisão da fatia que o Itaú possui dentro da corretora e afirmaram que investidores devem ver com bons olhos o destravamento de valor.
O BTG afirmou que as margens continuam em pressão, mas os analistas do banco dizem estarem mais preocupados com o tom do novo presidente do Itaú. “Estamos otimistas com o novo CEO, mas para uma nova avaliação das ações precisamos saber como e quando a receita vai acelerar”, afirmam.
A recomendação do Credit Suisse para o Itaú ficou em compra, com preço-alvo em R$ 39. BTG tem a mesma orientação, com preço-alvo em R$ 37. A XP se manteve neutra e manteve o preço-alvo em R$ 29.
