Com inflação elevada, Itaú (ITUB4) prevê altas consecutivas de juros nos EUA em 2022

O Itaú Unibanco (ITUB4) projeta três aumentos dos juros nos EUA em 2022, frente à aceleração da inflação e das pressões de oferta no país.

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O banco revisou a estimativa para o núcleo do índice de preços dos gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) para 5,1% em 2021, longe da previsão de 2,3% considerada na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, órgão responsável pela decisão dos juros nos EUA) em setembro.

“Prevemos substancial aceleração da inflação nos próximos meses com a continuidade das pressões sobre os preços de veículos, mas também dos custos de habitação, que devem permanecer elevados por algum tempo,” escreveu Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú.

O especialista espera que o Federal Reserve (Fed) eleve a taxa de juros dos Estados Unidos em junho, setembro e dezembro do próximo ano, com quatro acréscimos adicionais em 2023 e 2024, com o ciclo encerrado em 2,8% ao ano. A expectativa do mercado é de 1,9%.

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A previsão mais alta leva em conta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em 2022, o qual deve atingir 4,3%, segundo o banco, e levar a uma reprecificação dos juros longos.

A projeção para os rendimentos dos títulos do Tesouro americano com prazo de 10 anos (Treasuries) foi mantida em 1,75% neste ano e 2,50% no próximo.

Itaú vê aceleração do PIB dos EUA, mas corta estimativa para 2021

Após a desaceleração do avanço do PIB dos EUA no terceiro trimestre de 2021, para 2% na comparação trimestral, em razão da variante Delta e das restrições de oferta, a instituição financeira passou a enxergar um crescimento menor da economia americana em 2021, de 5,5% contra 5,9% anteriormente.

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Mesmo assim, o Itaú projeta uma expansão do PIB dos Estados Unidos de 5,4% no quatro trimestre de 2021, em termos anualizados, em meio ao arrefecimento dos efeitos da variante Delta e dos problemas mais graves de abastecimento.

A melhora permitirá a aceleração do consumo e impactará, ao lado da inflação, os juros nos EUA. Outras consequências serão a estabilização dos estoques e a favorabilidade dos fundamentos para investimentos até o próximo ano.

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Arthur Guimarães

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