Itaú (ITUB4) terá de explicar na Justiça motivos de falha em contas de clientes

A pane registrada no site e no aplicativo do Itaú (ITUB4) em março deste ano foi levada à Justiça pelo Instituto Brasileiro de Cidadania (Ibraci), que entrou com uma ação civil pública contra a instituição financeira. As informações são do jornal Valor Econômico.

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O juiz Diogo Barros Boechat, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, citou o banco na semana passada.

Segundo o Valor, o Itaú terá que explicar à Justiça as razões por trás da falha. Na época, clientes apontaram contas zeradas, saques e entradas desconhecidas. O Ibraci pede para que o banco esclareça, com provas, que não houve ataque hacker nem vazamento de dados pessoais de consumidores, com base na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

“Os clientes reclamaram que foram feitos saques não identificados, enquanto outros apontaram a entrada de dinheiro não especificado. Em vários casos, pagamentos feitos retornaram às contas dos clientes. Além disso, correntistas passaram a não ter acesso ao aplicativo do banco. Também não foi possível aos correntistas acessar o site do banco”, diz o advogado do Ibraci, Gabriel de Britto Silva.

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Foi pedida também a condenação do banco ao pagamento de compensação por danos morais individuais e de indenização por danos materiais individuais. Na época do problema, o Itaú descartou a possibilidade de um ataque cibernético.

No período do ocorrido, clientes viam movimentações inesperadas em suas contas, como dinheiro a mais ou a menos e retorno de pagamentos. Além disso, muitos sequer conseguiram acessar as suas contas por meio do aplicativo ou site do banco.

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O Itaú deu início à normalização no mesmo dia. Ao abrir o app, o cliente recebia um aviso do banco sobre a atualização de saldo: “Prezado cliente, o seu saldo foi atualizado. Se algum pagamento foi realizado em duplicidade ele será corrigido automaticamente ao longo do dia. Pedimos desculpas pelo transtorno”.

Posicionamento do Itaú

Procurado pelo Valor Econômico, o Itaú disse que o caso foi uma ocorrência pontual, solucionada no mesmo dia, e que tomou todas as medidas necessárias para minimizar eventuais impactos aos clientes. “A origem do problema teve relação com um atraso no processamento de dados, que gerou a necessidade de reprocessamento, sem qualquer relação com eventos externos. Sobre a ação civil pública, o banco esclarece que prestará todas as informações necessárias nos autos do processo”.

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Victória Anhesini

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