O Itaú (ITUB3; ITUB4) revisou nessa sexta-feira (7) sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, e passou a ver um resumo de 9,2%, ante a uma queda de 10,6% na previsão anterior, em comparação com o primeiro trimestre desse ano.
A revisão do PIB pelo Itaú é sustentada, segundo o banco, pelo início de uma recuperação econômica em maio e junho. Vale destacar que o banco ainda estima que o crescimento na atividade econômica no terceiro semestre será de 7,4%.
Em seu relatório, o Itaú explicou as razões para a melhora na previsão. “A recuperação tem sido mais forte nas vendas no varejo e na produção industrial, enquanto o setor de serviços, mais impactado pelo isolamento social, se recupera mais lentamente”.
Suno One: o primeiro passo para alcançar a sua independência financeira. Acesse agora, é gratuito!
“O fundamento mais importante para a atividade econômica nos próximos trimestres e ao longo do ano que vem é, na nossa visão, a manutenção das baixas taxas de juros, o que só será possível se a política fiscal voltar a uma trajetória sustentável após a expansão dos gastos deste ano”, concluiu a equipe econômica da instituição financeira.
Alem disso, a análise divulgada nesta sexta-feira também prevê que o dólar seja vendido a R$ 5,25 no final de 2020, de R$ 5,75 antes, em função do cenário internacional. Dessa forma, o banco acredita que conforme a economia global se recupere, ativos com mais risco terão serão mais procurados.
No entanto, os analistas do Itaú entendem que a apreciação da taxa de câmbio pode ser limitada por:
- risco fiscal elevado;
- a contração acentuada da atividade econômica (PIB);
- e o cenário de juros baixos;
Reforma tributária pode elevar PIB per capita em 4,2%
O Itaú também destacou nessa terça-feira que uma reforma tributária que alinhe o Brasil ao padrão Global pode resultar em um aumento de 4,2% do PIB per capita, ante um cenário sem reforma.
o Itaú salientou que uma reforma somente deve lidar com simplificações da estrutura tributária sem considerar reduções da carga no curto prazo, mesmo que uma menor carga tributária seja desejável a médio prazo.
Os economistas estimaram um modelo relacionando o PIB per capita dos países com o ambiente tributário para avaliar o efeito de uma implicação tributária no crescimento do País. A relação é medida pelo índice de pagamento de impostos calculado pelo Banco Mundial.
O modelo de cálculo contempla fatores fundamentais para a determinação do PIB, tais como investimento e capital humano.
Conforme análise dos economistas, a cada dez pontos de ganho no índice de pagamento de impostos, o PIB per capita sobe 1,2%. Nesse sentido, se o Brasil, com 34 pontos, realizar a reforma tributária e convergir para a média mundial, de 70 pontos, o indicador cresceria 4,2%.