Itaú (ITUB4) já prorrogou 140 mil empréstimos em meio ao coronavírus
O Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4) já realizou a prorrogação de 140 mil empréstimos devido ao impacto econômico da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). De acordo com o programa aberto da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgado no dia 16 de março, esses empréstimos referem-se a pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas.
“A procura aumenta a cada dia, à medida que as pessoas vão sentindo mais a situação [impacto do coronavírus em suas atividades]”, informou Flávio Souza, diretor de produtos de pessoa física do Itaú, segundo reportou o jornal “Valor Econômico”. O valor total dos empréstimos, no entanto, não foi revelado.
O acordo divulgado pela Febraban permite a suspensão das parcelas de empréstimos por 60 dias, mantendo as mesmas taxas de juros que já eram pagas pelos clientes. A medida, que abrange os contratos que estavam com o pagamento em dia, foi aderida pelos cinco maiores bancos. Além do Itaú, são eles Bradesco (BBDC4), Santander (SANB3), Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa Econômica Federal.
Os empréstimos de cheque especial e cartão de crédito, modalidades em que os juros são maiores, além do crédito consignado, não participam da ação pois estão sujeitos a regulações específicas. Iglesias afirmou que a procura por adiamento das parcelas estão sendo distribuídos em diversas linhas de crédito, como:
- Financiamento de veículos
- Crédito imobiliário
- Crédito pessoal
- Capital de giro
Nas primeiras duas semanas de vigência do programa, surgiram dúvidas acerca da possibilidade de aumento no valor das prestações dos tomadores dos empréstimos, já que serão aplicados juros sobre o período postergado. O diretor do Itaú diz que é uma opção do cliente redistribuir a dívida em um número maior de parcelas, cortado o custo mensal. “É possível, se fizer sentido pra ele”, disse Iglesias.
Itaú doa testes de coronavírus
O Itaú e os outros dois maiores bancos privados do Brasil, Bradesco e Santander, anunciaram na última quarta-feira (25) que vão doar, em conjunto, 5 milhões de testes rápidos para diagnosticar o coronavírus.
Além dos testes, as instituições bancárias doarão também equipamentos médicos, como tomógrafos e respiradores, que também são utilizados no tratamento da doença. A medida é uma decisão conjunta entre os presidentes do Itaú, Candido Bracher, do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., e do Santander Brasil, Sergio Rial.
Além da doação em conjunto, o Itaú anunciou que doará R$ 150 milhões devido ao avanço da disseminação do coronavírus no Brasil. O banco diz ter “absoluta consciência da gravidade da crise”.
Segundo o Itaú, o intuito é apoiar comunidades vulneráveis e colaborar na contenção do avanço da pandemia no País, com o tratamento dos contagiados.
