O Itaú (ITUB3; ITUB4) revisou nessa terça-feira (4) sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, e passou a ver um resumo de 9%, ante a uma queda de 9,2% na previsão anterior, em comparação com o primeiro trimestre desse ano.
A revisão do PIB pelo Itaú veio logo após a divulgação do crescimento de 8,9% da produção industrial em junho ante maio. Vale destacar que o banco esperava um crescimento de 8% da produção industrial.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a alta de 8,9% foi a maior desde junho de 2018 (12,9%), quando o setor retomou a produção logo após a greve dos caminhoneiros. Mesmo com o desempenho positivo em junho deste ano, a indústria ainda está 27,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
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Essa é a segunda alta consecutiva, mas ainda insuficiente para reverter a perda de 26,6%, acumulada pelo setor de produção industrial nos meses de março e abril, após o início do isolamento social para controle da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Além disso, o banco explicou que já foram divulgados cerca de 84% dos dados que são necessários para a projeção do PIB do segundo trimestre.
Reforma tributária pode elevar PIB per capita em 4,2%
O Itaú também destacou nessa terça-feira que uma reforma tributária que alinhe o Brasil ao padrão Global pode resultar em um aumento de 4,2% do PIB per capita, ante um cenário sem reforma.
o Itaú salientou que uma reforma somente deve lidar com simplificações da estrutura tributária sem considerar reduções da carga no curto prazo, mesmo que uma menor carga tributária seja desejável a médio prazo.
Os economistas estimaram um modelo relacionando o PIB per capita dos países com o ambiente tributário para avaliar o efeito de uma implicação tributária no crescimento do País. A relação é medida pelo índice de pagamento de impostos calculado pelo Banco Mundial.
O modelo de cálculo contempla fatores fundamentais para a determinação do PIB, tais como investimento e capital humano.
Conforme análise dos economistas, a cada dez pontos de ganho no índice de pagamento de impostos, o PIB per capita sobe 1,2%. Nesse sentido, se o Brasil, com 34 pontos, realizar a reforma tributária e convergir para a média mundial, de 70 pontos, o indicador cresceria 4,2%.