Itaú (ITUB4) pagará dividendo extraordinário, diz presidente
O Itaú (ITUB4) pagará dividendos extraordinários referentes ao exercício de 2024. Foi o que afirmou o presidente do banco, Milton Maluhy Filho, nesta terça-feira (05).
De acordo com Maluhy, com base nas informações que dispõe atualmente, o ITUB4 “certamente” pagará proventos extraordinários.
“Nada mudou em relação à nossa expectativa de um dividendo extraordinário. A discussão é sobre qual é o tamanho do dividendo”, disse.
Segundo o executivo, a decisão sobre os dividendos extraordinários do Itaú deve ocorrer no início de 2024, quando será publicado o balanço consolidado de 2024 e as projeções do banco para o próximo exercício.
O Itaú reportou lucro líquido gerencial de R$ 10,675 bilhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 18,1% frente ao mesmo período do ano passado. Após a divulgação dos números, algumas casas de análise reforçaram seu otimismo com as ações ITUB4.
O BTG Pactual, por exemplo, destacou o desempenho “excepcional” do Itaú, com ROE de 22,7%, superando as expectativas em 3%. O crescimento do banco, segundo a casa, foi impulsionado principalmente pelo segmento de varejo e pelo aumento da carteira de crédito, que teve orientação de crescimento revisada para 9,5-12,5%.
Os analistas também destacam que o banco conseguiu diminuir os NPLs iniciais e provisões, beneficiado pela recuperação de R$500 milhões do caso Americanas. A margem com clientes (NII) e a receita com seguros mostraram crescimento sólido, diz a casa, mesmo com a queda na margem de mercado (NII).
O BTG continua vendo o Itaú como seu principal banco no Brasil, apesar dos desafios macroeconômicos. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 42.
Já o Goldman Sachs elogiou o ITUB4 por superar o consenso de mercado com um ROE de 22,7% e um crescimento saudável no NII com clientes. A casa também destaca o fato do banco ter aumentado sua orientação de crescimento da carteira de crédito e melhorado a qualidade dos ativos, com uma redução nas provisões devido à recuperação de valores de um cliente corporativo específico.
Por outro lado, os analistas chamam atenção para a contração na margem de mercado (NII) e nas taxas devido a uma menor atividade de mercado. Mesmo assim, o Goldman Sachs recomenda compra para as ações do Itaú, com preço-alvo de R$ 41.
A Genial Investimentos, por sua vez, cita um trimestre “sólido” do Itaú, destacando o crescimento de lucro, expansão da carteira de crédito, especialmente em pessoas físicas, e a elevação no guidance de crédito para 9,5-12,5%.
A recuperação de R$500 milhões do caso Americanas, diz a casa, permitiu uma redução nas provisões, que impulsionou o lucro. A margem com clientes também teve um crescimento expressivo, na visão dos analistas, enquanto a margem de mercado retraiu.
A Genial reiterou a recomendação de compra para o Itaú, com um preço-alvo de R$40,60 e um dividend yield “robusto” de 8%.