Itaú (ITUB4) anuncia emissão de R$ 1 bilhão em letras financeiras depois de comprar prédio mais caro do Brasil
O Itaú (ITUB4) anunciou a emissão de R$ 1 bilhão em letras financeiras subordinadas, sendo R$ 530 milhões com vencimento em fevereiro de 2034 e R$ 470 milhões com vencimento em fevereiro de 2039.
Em comunicado enviado ao mercado, o banco informou que os recursos da emissão do Itaú serão utilizados para otimizar a estrutura de capital da frente ao crescimento de seus ativos, além de garantir o reembolso de custos e despesas diretamente relacionados à aquisição de empreendimento imobiliário, no caso o célebre prédio na Faria Lima, onde fica a sede do Itaú BBA – prédio mais caro do Brasil.
De acordo com o maior banco da América Latina, as letras financeiras subordinadas possuem opção para serem recompradas a partir de 2029 e 2034. Além disso, o instrumento financeiro contribuirá para o capital nível 2 do patrimônio de referência da companhia, com impacto estimado de 0,08 ponto porcentual no seu índice de capitalização nível 2.
Itaú: origem da emissão da dívida
Em meados de janeiro, o Itaú surpreendeu o mercado ao anunciar a compra do Faria Lima 3500 por R$ 1,5 bilhão, considerando a maior transação envolvendo um único edifício no Brasil. O prédio foi construído em 2012 para o próprio banco.
A iniciativa partiu da própria instituição, inquilina do imóvel, que exerceu o direito de compra do prédio. O empreendimento se destaca na Avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo, por ser um edifício totalmente espelhado, de seis andares e diversas certificações de qualidade.
Novo fundo imobiliário do banco espera retorno de 16% em 3 anos
O fundo imobiliário Itaú Total Return (ITRI11), cuja gestão é feita pela Itaú Asset e pelo Itaú DTVM, anunciou recentemente a sua 1ª emissão de cotas, visando levantar um montante de até R$ 500 milhões.
O fundo imobiliário do Itaú é destinado aos investidores de forma geral. A captação pretendida, de R$ 500 milhões, viria com a emissão de até 5 milhões de cotas, já que o valor da cota é de R$ 100,00, sem levar em conta a taxa de distribuição.
Como a taxa de distribuição é de R$ 2,35 por cota, equivalente a 2,35% do preço de emissão, o valor da cota base é de R$ 102,35.
O retorno líquido total esperado é de 14% a 18% ao ano, correspondendo a uma média de 16% ao ano nos 3 anos seguintes à oferta. Esse retorno foi calculado com base na expectativa de rendimentos para os cotistas do FII ITRI11 e uma curva evolutiva de alocação.
A metodologia utilizada nesta análise de projeção de rentabilidade dos ativos se baseia nas estimativas do fluxo de caixa obtido com o investimento do FII em ativos imobiliários, que deve ser inicialmente focado em cotas de fundos imobiliários, CRIs e ativos de liquidez.
