Itaú (ITUB4) passa a permitir que clientes pessoa física invistam em startups

Com aportes iniciais de R$ 2,5 mil, o Itaú Unibanco (ITUB4) passou a oferecer para clientes pessoa física a possibilidade de investir em startups.

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A possibilidade é viável no Íon, o aplicativo de investimentos do Itaú, e por causa de uma parceria com a EqSeed – uma plataforma que já trabalha com investimento em startups.

Como o private equity, o investimento em startups tende a ser acessível somente a investidores com ticket maior e que possuem tráfego no meio dos negócios.

A EqSeed, nesse sentido, já realizou 53 rodadas de investimentos desde meados de 2017, ampliando o leque de investidores no setor – geralmente restrito a fundos de venture capital.

Como funciona o investimento na plataforma do Itaú

Sendo um investimento de alto risco, o aporte é feito como “equity crowdfunding”, uma forma de investimento coletivo.

Na prática, funciona como uma vaquinha digital e com foco na participação no capital social de uma companhia.

Conforme os dados atualizados da CVM, são 56 crowdfundings atualmente, ante somente 4 em meados de 2016.

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Cresce número de empresas listadas na bolsa que investem em fundos para startups

Os investimentos em startups por meio de Corporate Venture Capital (CVC) têm crescido no Brasil e uma parcela significativa deles são conduzidos por empresas listadas na bolsa de valores, a B3 (B3AS3). Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), 13 companhias de capital aberto lançaram fundos em 2022, juntando-se à outras oito que fizeram o mesmo movimento no ano anterior, totalizando investimentos de mais de R$ 3 bilhões.

Entre as empresas de capital aberto com fundos de investimento para startups, segundo o estudo ABVCAP, estão nomes como Totvs (TOTS3)Locaweb (LWSA3), Ânima (ANIM3), B3 (B3AS3), Suzano (SUZB3) e Telefônica Brasil (VIVT3).

Para compor o levantamento, a entidade ouviu 41 grandes companhias, sendo que 83% delas possuem iniciativas de CVC.

Além disso, dentre as que possuem, 80% apresentam faturamento anual superior R$ 1 bilhão. As demais 20% faturam acima de R$ 100 bilhões.

De acordo com o estudo, no Brasil, a maioria dos aportes em startups feito por empresas (53%) no último ano foram por meio dos fundos de investimento em participações (FIPs).

O diferencial dessa modalidade é que ela é regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“A preferência por FIPs no Brasil demonstra uma característica diferente no ecossistema brasileiro em relação às corporates no resto do mundo, em que os investimentos direto do balanço são preferidos”, destaca a ABVCAP.

O investimento em startups direto do balanço não demanda uma operação de CVC dedicada e um pouco mais de 38% da companhias brasileiras adotam essa modalidade. Porém a entidade destaca que o caminho pode levar dificultar à incorporação do investimento ao balanço contábil e também em relação a passivos jurídicos da startup investida.

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Eduardo Vargas

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