Itaú (ITUB4) pagará dividendos extraordinários este ano?

A Genial Investimentos emitiu um relatório com as suas perspectivas para o balanço do Itaú (ITUB4) do terceiro trimestre deste ano, e um dos pontos destacados pela casa foi a possibilidade do pagamento de dividendos extraordinários.

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Os analistas afirmam que, em termos de valuation, as ações do Itaú (ITUB4) continuam atraentes. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 40,6.

As ações ITUB4, diz a Genial, estão sendo negociadas a múltiplos de 8,3x P/L 2024e, 7,5x P/L 2025e, e 1,9x P/VP 2024e, e o dividend yield projetado é de 8%.

“A manutenção da rentabilidade elevada e geração de capital de forma orgânica pelo banco devem abrir espaço para a distribuição de dividendos extraordinários ao final do ano, o que nos faz projetar um dividend yield atraente de 8,0% para 2024″, diz o relatório.

Os analistas projetam que o Itaú terá o melhor desempenho entre os grandes bancos no 3º trimestre de 2024, com um Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) acima de 22% e sólida expansão de lucro.

A expectativa é de um lucro líquido de R$ 10,5 bilhões, refletindo um crescimento de 4,4% em relação ao trimestre anterior e 16,3% em relação ao ano anterior, elevando o ROE para 22,4%.

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Um impacto positivo adicional vem da reversão de provisões relacionadas ao caso Americanas (AMER3), diz a Genial, com um ganho incremental estimado de R$ 450 milhões, que deve elevar o lucro total para R$ 10,96 bilhões e o ROE para 23,4%.

No caso da Americanas, o Itaú já havia provisionado a dívida de R$ 2,7 bilhões como prejuízo no 4º trimestre de 2022. Com a execução do plano de recuperação judicial da varejista, a casa acredita que o banco deve ser beneficiado por um pagamento parcial dessas pendências, o que deve gerar uma reversão em caixa de cerca de 30% do valor da dívida (R$ 820 milhões), impactando positivamente o resultado do trimestre.

Mesmo sem esse efeito pontual, os analistas afirmam que o Itaú deve continuar a apresentar bom desempenho, com uma aceleração no crescimento da carteira de crédito, passando de 5,3% no 2º trimestre de 2024 para 7,8% no 3º trimestre de 2024, com destaque para a retomada da carteira de Pessoa Física (PF), especialmente na linha de Cartões. Esse crescimento, diz a casa, deve impulsionar a receita de juros de clientes (NII Clientes) e, ao mesmo tempo, manter as despesas com provisões sob controle.

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Guilherme Serrano

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