Na noite desta quarta-feira (05), o Itaú (ITUB4) divulgou seu balanço do quarto trimestre de 2024 e anunciou o pagamento de R$ 15 bilhões em dividendos e JCP. Em relatórios, BTG Pactual e Goldman Sachs avaliam os números do banco.
O BTG Pactual enxerga o Itaú como uma das melhores escolhas no setor bancário brasileiro. O ITUB4 reportou um lucro líquido de R$10,9 bilhões no 4T24, representando um crescimento anual de 16% e retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 22,1%.
A casa destacou a melhora na qualidade dos ativos, com quedas nas taxas de inadimplência (>90 dias) e um aumento na cobertura de provisões para 215%.
Além disso, o BTG celebrou o pagamento extraordinário de R$15 bilhões em dividendos do Itaú e a recompra de R$ 3 bilhões ações, elevando o payout de 2024 para 69,4%.
Para 2025, o guidance do Itaú sugere crescimento de lucro para R$45,3 bilhões, com expansão de 4,5-8,5% na carteira de crédito e NII do cliente subindo entre 7,5-11,5%.
As ações do Itaú permanecem como a “Top Pick” do BTG no setor, dado seu balanço robusto e flexibilidade para enfrentar cenários adversos. O preço-alvo é de R$ 42 para as ações ITUB4.
O Goldman Sachs também destacou o bom desempenho do Itaú no 4T24, com lucro líquido recorrente de R$10,9 bilhões no 4T24 e crescimento de 8% no NII do cliente.
Contudo, a casa considerou os resultados e o guidance para 2025 ligeiramente abaixo das expectativas. Segundo o Goldman Sachs, o lucro do Itaú estimado de R$45 bilhões para 2025 está 3% abaixo de suas projeções.
Embora reconheça o banco como líder em rentabilidade entre os grandes bancos brasileiros, a casa aponta que o guidance de crescimento em NII, crédito e receitas de tarifas ficou abaixo de suas estimativas no ponto médio.
Ainda assim, os analistas veem os papéis do Itaú como atraentes, com uma avaliação de 7,2 vezes o P/L estimado para 2025. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$38.
Assim, tendo como base os relatórios, o Itaú segue sendo um dos destaques do setor financeiro no Brasil, com resultados consistentes e políticas de remuneração ao acionista atrativas. No entanto, enquanto o BTG Pactual vê o banco como bem preparado para superar expectativas, o Goldman Sachs mantém uma visão um pouco mais cautelosa sobre a capacidade da empresa entregar surpresas positivas no curto prazo.
