Itaú (ITUB3) projeta queda de 4,5% no PIB brasileiro
O Itaú (ITUB3; ITUB4) informou nessa segunda-feira (11) através de um relatório, que prevê uma queda de 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020. Anteriormente o banco já havia projetado uma queda de 2,5% do Produto.
Para o primeiro trimestre do ano, o Itaú projeta uma contração de 2,1% do PIB, ao passo que pra o segundo trimestre a previsão é de um resumo de 10,6%. Sobre o terceiro e quarto trimestres desse ano, o banco acredita em uma alta de 10,1% e 0,70% respectivamente.
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De acordo com o banco, “a mudança foi causada por crescimento global mais baixo; propagação do vírus [Coronavírus (Covid-19)] no Brasil ainda intensa e persistente; e expectativa de deterioração do cenário fiscal no Brasil, que gera condições financeiras menos estimulativas e reduz a capacidade da economia de retomar o crescimento depois que a epidemia passa”
Além disso, a instituição monetária projetou uma elevação na taxa de desemprego, que passou de 12,6% para 14% no final de 2020. Para o final de 2021, a taxa aumentou de 12% para 13,7%.
Em relação ao déficit primário nesse ano, a instituição financeira projeta que será de 10,2% do PIB, ou seja R$ 735 bilhões, representando um aumento em relação a projeção anterior, que era de 8% do PIB, ficando em R$ 590 bilhões.
Para o ano que vem, a projeção deficitária é de 2,2% do Produto Interno Bruto, em 175 bilhões, enquanto a previsão anterior ficava em 0,8% do PIB, representando R$ 70 bilhões.
Itaú prevê crescimento dos gastos sociais
Para o banco, os gastos sociais devem sofrer um crescimento de, aproximadamente, R$ 67 bilhões em 2021. Frente a isso, a carga tributária deve aumentar 0,2% (R$ 20 bilhões), com foco em impostos sobre lucro de setores específicos e de alta renda, para financiar parcialmente esses gastos.
“O aumento de gastos sociais deve elevar o benefício médio do Programa Bolsa Família de R$ 200 para R$ 600 mensais e ser implementado por meio de um fundo fora do orçamento público, e não sujeito ao teto de gastos, de modo que todos os gastos primários restantes continuarão respeitando a regra fiscal”, informou através do relatório.
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A dívida bruta deve chegar a 92% do PIB em 2020, e a 88% em 2021. As projeções do banco representam uma alta frente ao ano de 2019, quando a dívida bruta ficou em 76% do PIB. Segundo o banco, caso aconteça uma piora fiscal, a retomada da economia e a sustentabilidade de taxas de juros minimas históricas seriam ainda mais prejudicadas.
Por fim, o Itaú indicou que “a piora em 2020 decorre principalmente da perspectiva de aumento de gastos para o combate aos impactos do coronavírus, além da atividade econômica mais fraca”.