Itaú piora estimativa para PIB em 2019 e 2020

O Itaú piorou nesta segunda-feira (13) as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2019 e 2020. De acordo com as novas projeções, o PIB para este ano deve ter expansão de 1%. Antes, esse número era de 1,3%. Caso se concretize o cenário, a economia apresentará o mesmo ritmo de crescimento de anos anteriores. Em 2017 e 2018, o PIB cresceu 1,1%.

Além disso, houve uma redução das expectativas para o primeiro trimestre de 2019. No relatório anterior, havia uma perspectiva de queda de 0,1% na economia. Agora, esse valor foi revisado para 0,2% na comparação com o quarto trimestre do ano passado, após o ajuste sazonal. Em 2020, o Itaú cortou a previsão de crescimento de 2,5% para 2%.

Saiba mais: Bradesco corta previsão do PIB de 2019 de 1,9% para 1,1%

“Embora haja uma percepção generalizada de que a economia está em compasso de espera à medida que os tomadores de decisão aguardam pelas reformas, acreditamos que há um fator mais importante por trás da fraqueza atual: nossa taxa de juros de equilíbrio parece ter se reduzido no passado recente, em decorrência de cortes nas despesas e da redução dos subsídios ao crédito. Com base nisso, entendemos que o nível atual de taxas de juros não é baixo o suficiente para acelerar a economia”, diz relatório assinado pelo economista-chefe da instituição, Mario Mesquita.

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Na última sexta-feira, o Bradesco diminuiu a previsão de crescimento do PIB de 2019 de 1,9% para 1,1%. Mais cedo, o Boletim Focus estimou uma expansão de 1,45% na economia neste ano após reduzir as expectativas pela 11ª vez.

Segundo o Itaú, um dos fatores que mais pesaram para a redução da estimativa no primeiro trimestre foi a produção industrial, que recuou 1,3% ante fevereiro, com ajuste sazonal. Ademais, após forte queda em março, a confiança do empresário não se recuperou em abril e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) tem caído.

Saiba mais: Boletim Focus: previsão de crescimento do PIB cai para 1,45%

“A reforma da Previdência, mais do que simplesmente um estímulo ao crescimento induzido pela confiança, é, em nossa opinião, um gatilho para o crescimento por meio do estímulo monetário – não há espaço para cortes nas taxas de juros antes que a reforma seja votada, mas haverá após a sua aprovação”, diz o Itaú.

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No caso da Selic, o banco prevê o início do ciclo de corte em setembro. No cenário desenhado pelo Itaú, a taxa básica de juros deve cair a 5,75%. A instituição manteve ainda a estimativa para o IPCA em 3,6% neste e no próximo ano.

Renan Dantas

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