O Itaú BBA anunciou em novo relatório a retomada da cobertura para as ações do Pão de Açúcar (PCAR3). O banco mantém recomendação de compra dos papéis da empresa e coloca o preço-alvo de R$ 32 para suas ações ao fim de 2022. O relatório animou os investidores: os papéis da empresa subiram 2,86%, para R$ 16,89, liderando altas no Ibovespa nesta terça (28).
O BBA acredita que as ações do Pão de Açúcar podem dobrar até o final deste ano, levando em consideração o fechamento desta terça.
No documento, o Itaú BBA sustenta a sua escolha na análise da soma das partes da companhia, cujas ações oferecem, de acordo com a instituição, uma “relação risco-retorno positiva”, apesar dos descontos significativos para cada unidade de negócios.
Para o banco, a monetização dos ativos não essenciais do grupo tende a ser um tema recorrente de discussão entre os investidores, fundamentalmente depois que o grupo obteve sucesso no desmembramento do Assaí (ASAI3).
No relatório, os analistas afirmam que, ao fazer uma análise de sensibilidade sobre o preço atual do ativo e os possíveis valores de monetização para a Éxito (da Colômbia) e a Cnova, o banco avaliou que o valor implícito da operação nacional da companhia está próximo a zero, mesmo com um desconto de 50% sobre o preço atual das ações da Éxito e da Cnova.
Para o BBA, nesse contexto “uma potencial monetização geraria valor“ para as ações do Pão de Açúcar.
Além disso, o relatório do banco diz que temores crescentes com possíveis provisões trabalhistas podem ser parcialmente responsáveis pelo valuation pressionado do papel.
“Embora a análise de sensibilidade indique claramente que há valor a ser desbloqueado para o Pão de Açúcar, os investidores têm levantado algumas preocupações, sendo a principal delas a venda da operação do Extra”, afirmaram os analistas do BBA. “A transação incluiu o fechamento de algumas lojas e de um centro de distribuição (CD), bem como a demissão de funcionários, o que pode exigir algumas provisões trabalhistas adiante”, concluíram.