O Itaú BBA manteve a recomendação de compra para o ADR da Embraer (NYSE: ERJ), com preço-alvo de US$ 21 em 2022, após a fabricante de aeronaves reportar resultados sólidos referentes ao terceiro trimestre de 2021.
Apesar das entregas da Embraer no segmento comercial mais fracas na comparação trimestral, o banco entendeu que a companhia mostrou evolução em todas as áreas em relação ao mesmo período de 2020, com as margens operacionais superando as expectativas. Em relatório, o Itaú BBA chamou atenção para o fluxo de caixa livre (FCF) no terceiro trimestre — sazonalmente mais fraco. A companhia elevou a projeção para o indicador da faixa de US$ 150 milhões negativos a zero para US$ 100 milhões ou mais.
O guidance para entregas e demais resultados financeiros foi reiterado. A precificação em US$ 21 é composta por cinco partes. As quatro primeiras estão espaçadas entre as principais divisões da Embraer — Comercial; Executiva; Defesa e Segurança; e Serviços e Suporte — e levam ao preço de US$ 15,3. O valor restante diz respeito ao potencial da Eve, de pouso e decolagem vertical (eVTOL).
Não obstante, a revisão do guidance e os novos pedidos fizeram o banco enxergar um espaço para elevar as estimativas para a Embraer. No total, o Itaú BBA prevê que a receita líquida volte aos níveis de 2019 até 2022 e estima uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) para 2021-2023 de 27%. Quanto ao lucro antes de juros e impostos (Ebit), os analistas projetam um retorno ao território positivo este ano, e veem melhorias sequenciais no futuro. “Acreditamos que a empresa está no caminho certo para alcançá-la. Também estamos otimistas quanto às perspectivas nos próximos anos,” destacou o Itaú BBA.
Cotação da Embraer nesta sexta-feira
Por volta de 16h55, a ação ordinária da Embraer (EMBR3) subia 6,63%, para R$ 23,15, enquanto o ADR da companhia operava em alta de 8,12% em Nova York, cotado a US$ 16,78.