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Itamaraty diz que mandato de Nicolás Maduro é “ilegítimo”

Itamaraty

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O governo brasileiro informou nesta quinta-feira (10) que considera o governo de Nicolás Maduro “ilegítimo”.

O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota explicando que considera o novo mandato do presidente da Venezuela “ilegítimo”. O presidente Nicolás Maduro tomou posse nesta quinta para o seu segundo mandato. Seu governo durará até 2025.

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No comunicado, o Itamaraty salientou que o poder executivo tem que ser atribuído a Assembleia Nacional. O órgão legislativa venezuelano é controlado pela maioria anti-governista. A Assembleia Nacional rejeita a legitimidade do novo mandato do presidente Maduro.

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O Grupo de Lima, do qual o Brasil faz parte, intimou Maduro a não tomar posse. O Grupo de Lima é um grupo informal composto por 14 países das Américas. O grupo trabalha para tentar mediar uma solução à crise venezuelana.

“Tendo em vista que nesta data, 10 de janeiro de 2019, Nicolás Maduro não atendeu às exortações do Grupo de Lima, formuladas na Declaração de 4 de janeiro, e iniciou novo mandato presidencial ilegítimo, o Brasil reafirma seu pleno apoio à Assembleia Nacional, órgão constitucional democraticamente eleito, ao qual neste momento incumbe a autoridade executiva na Venezuela“, informou a nota do Itamaraty.

Entenda a crise na Venezuela

A Venezuela enfrenta uma profunda crise humanitária, econômica e política. A inflação no país já ultrapassou 1.000.000 % ao ano. Milhares de venezuelanos já fugiram do país para inúmeras para regiões da América do Sul, incluindo o Brasil. Além disso, líderes de oposição têm denunciado perseguição por parte do governo de Maduro.

Eleições contestadas

Sob denúncias de fraudes e com alta abstenção, Maduro foi reeleito com quase 70% dos votos.

O pleito presidencial foi boicotado pela oposição sob alegação de que as eleições eram um processo para perpetuar Nicolás Maduro no poder da Venezuela. A Mesa da Unidade Democrática (MUD) se recusou a participar da campanha. Ademais, dois dos maiores opositores de Maduro, Leopoldo Lopez e Henrique Capriles,  foram impendidos de se candidatar a qualquer cargo por um período de 15 anos.

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