Ícone do site Suno Notícias

Israel e Hamas se enfrentam na Faixa de Gaza e intensificam bombardeios; mais duas reféns israelenses são libertadas pelo grupo terrorista

Guerra Israel-Hamas. Irã ataca Israel. Foto: Divulgação Israel Defense Forces cessar-fogo

Guerra Israel-Hamas escala. Irã ataca Israel. Foto: Divulgação Israel Defense Forces

A guerra entre Israel e Hamas entra no 17º dia, com os dois lados se enfrentando em solo na Faixa de Gaza, o que é considerado o primeiro combate divulgado desde o início do conflito. Segundo as forças de defesa israelenses (IDF), foram registradas incursões limitadas na noite do domingo (22) para segunda-feira (23).

“Houve ataques com tanques e forças de infantaria para matar esquadrões de terroristas que se preparam para o próximo estágio da guerra. As incursões também procuram o que for possível em termos de inteligência sobre os reféns”, disse o porta-voz das forças de defesa israelenses, Daniel Hagari.

Em comunicado no domingo, o grupo palestino afirmou que havia repelido “infiltrações israelenses em Khan Yunis“, destruindo um tanque e duas escavadeiras rivais. A cidade fica ao sul de Gaza, fora da zona de exclusão militar, determinada no último dia 13 pelos israelenses.

A cidade, inclusive, abriga 16 dos 26 brasileiros à espera de repatriação para o Brasil. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Alessandro Candeas, embaixador brasileiro na Palestina, disse que todos estão bem, por hora, porém muito angustiados. O restante do grupo está em Rafah, ponto da fronteira com o Egito.

Ao todo, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, as mortes no local desde o início da conflito entre Israel e Hamas já passaram da marca das 5 mil. De acordo com o órgão, 5.087 pessoas morreram no território por conta dos ataques.

Com isso, o balanço total de pessoas mortas na guerra no Oriente Médio chegou a 6.489.

Dois reféns são libertados hoje pelo Hamas

Duas reféns, que teriam 80 e 85 anos, foram libertados nesta segunda (23) pelo Hamas, anunciou un dos porta-vozes do grupo extremistas por “razões humanitárias e médicas””. A soltura ocorreu com intervenção de negociadores do Catar e do Egito.

Um canal de TV de Israel confirmou a libertação. As reféns foram soltas em Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. Na sexta, duas reféns com cidadania americana, Natalie e Judith Raanan, foram soltas e egípcio.

Cerca de 200 foram sequestradas desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, que causou a morte de 1400 pessoas.

Nesta terça-feira (24), Emmanuel Macron, presidente da França, fará uma visita à Israel, segundo informações do governo francês. O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou a informação mais cedo, no domingo.

“Sem combustível, não há ajuda humanitária”, diz ONU na Faixa de Gaza

A Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) apelou para que seja permitida à entrada de combustível na Faixa de Gaza. Após vários dias de impasse, três comboios com ajuda humanitária entraram pela fronteira com o Egito entre o último sábado (21) e esta segunda-feira (23). Não foi permitida à entrada de combustível.

Além de considerar o total de suprimento insuficiente diante da magnitude da crise humanitária, o Comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, afirmou que a entidade ficará sem combustível em três dias caso não seja permitida a entrada do produto.

“Sem combustível, não haverá água, nem hospitais e padarias funcionando. Sem combustível, a ajuda não chegará às pessoas que mais necessitam. Sem combustível, não haverá assistência humanitária”, afirmou Lazzarini.

O comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados palestinos apela para que todas as partes atuem para permitir “imediatamente o fornecimento de combustível à Faixa de Gaza e garantam que o combustível seja estritamente utilizado para evitar um colapso da resposta humanitária”.

Estima-se que cerca de 1,4 milhão de pessoas foram deslocadas de suas casas em Gaza. Dessas, cerca de 580 mil estão em um dos 150 abrigos da agência da ONU para refugiados palestinos.

O combustível é usado como fonte de energia em hospitais, padarias e em equipamentos para dessalinização da água do mar. “Apesar da disponibilidade limitada de combustível, o equipamento de dessalinização nos abrigos da UNRWA continuou até agora a funcionar e a fornecer água potável, complementado por transporte de água”, informou o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA).

O transporte de água foi interrompido na maioria das áreas devido à falta de combustível, insegurança e estradas bloqueadas por escombros. “A água engarrafada está praticamente indisponível e o seu preço tornou-a inacessível para a maioria das famílias. Os vendedores privados, que operam pequenas estações de dessalinização e purificação de água, que funcionam principalmente com energia solar, tornaram-se os principais fornecedores de água potável”, diz o relatório da OCHA.

Nesta segunda-feira, o porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf al-Qidra informou que a falta de combustível para o funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal podem levar a morte de recém-nascidos em questão de minutos.

Brasileiro está desaparecido em Israel, informa Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta segunda-feira (23) que o brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos de idade, residente em Israel, encontra-se desaparecido desde o dia dos ataques de militantes do Hamas ao território israelense, no dia 7 de outubro.

A Embaixada do Brasil em Tel Aviv confirmou com as autoridades locais o status de desaparecido do nacional.

No momento, Nisenbaum, que tem cidadania brasileira e israelense, é o único brasileiro considerado desaparecido. Desde o início do conflito, três brasileiros foram mortos pelos ataques do Hamas em Israel. Karla Stelzer Mendes, de 42 anos; Bruna Valeanu, de 24 anos; e Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos.

Conflito em Israel: mais ajuda humanitária entra em Gaza, segundo ONGs

Segundo ONGs informaram à agência Reuters, o terceiro grupo de caminhões com itens de ajuda humanitária entrou na manhã desta segunda-feira (23) na Faixa de Gaza.

Os caminhões cruzaram a fronteira entre o Egito e o sul de Gaza, na cidade de Rafah.

Vale lembrar que a ajuda só começou a entrar duas semanas após o início do conflito entre Israel e Hamas, e não chega a um terço dos caminhões que estão na fila. No último sábado (21), 34 entraram na Faixa de Gaza, bem abaixo dos cem que seriam necessários por dia, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Conflito no Oriente Médio: mais um voo com repatriados chega ao Brasil

Mais um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) com 209 passageiros e 9 animais de estimação chegou ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira (23). De acordo com a última atualização, 1.410 brasileiros foram repatriados desde o início do conflito entre Israel e Hamas.

A repatriação de brasileiros, que teve início em 7 de outubro, dia de início dos ataques, funciona em três etapas: resgate de brasileiros nas zonas de combate, oferta de recursos e evacuação.

Mais um brasileiro pode estar desaparecido em Israel, diz Itamaraty

No domingo, a Interpol comunicou ao Ministério das Relações Exteriores o desaparecimento do brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos. Ainda não há detalhes sobre a data do último contato e onde o brasileiro estava em Israel.

Com o novo nome, o balanço do governo brasileiro registra três brasileiros mortos em Israel (Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Stelzer) e três israelenses com ascendência brasileira mortos em Israel (Gabriel Barel, Celeste Fishbein e um terceiro sem identificação).

Com Agência Brasil

Sair da versão mobile