A Guerra de Israel iniciada após o ataque do grupo Hamas neste sábado (7) pode impactar a Petrobras (PETR4), segundo o presidente da companhia, Jean Paul Prates, comunicou nesta segunda-feira (9).
Segundo Prates, a guerra em Israel provocada pelo ataque dos extremistas da Palestina, no Oriente Médio, deve provocar um aumento de volatilidade nos preços do petróleo.
O dirigente pontuou que a decisão sobre um possível reajuste nos preços dos combustíveis no Brasil, caso haja uma elevação nos derivados em decorrência do cenário internacional, depende do comportamento de cada um, entre eles, a gasolina e, principalmente, o diesel.
Ele ponderou, no entanto, que a política de preços, não é só apenas da Petrobras (PETR4), mas do país e poderá mostrar, neste momento, que tem dado certo e reduzir os efeitos das variações internacionais [de preços].
Aumento de preços da Petrobras (PETR4) com a guerra de 2023 ainda é especulação
“Na guerra, provavelmente vai ter aumento de volatilidade. [Haverá] variações muito especulativas em cima disso aí e [a situação] vai mostrar como é útil e como está dando certo a política de preços atual, pelo menos da Petrobras, como ela é capaz de mitigar um pouco esses efeitos”, afirmou ao chegar para participar de um evento organizado pela Câmara de Comércio Noruega e Brasil, pelo Innovation Norway e pelo consulado geral da Noruega, no Rio de Janeiro.
Prates afirmou, ainda, que a Petrobras não está se preparando especificamente para isso, mas que não há muito mais a ser feito do que a petroleira já vem realizando.” Se tiver que fazer ajuste, a gente vai fazer”, concluiu.
Galípolo sobre Guerra de Israel em 2023: cotação do dólar e petróleo ganham atenção no Copom
Depois do ataque a Israel no fim de semana, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, comentou que os problemas da Palestina começaram ainda no pós-Primeira Guerra Mundial.
“O envolvimento do Irã em conflito pode afetar o preço do petróleo“, disse mais cedo, em reunião do Conselho Empresarial de Economia da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), em vídeo que foi disponibilizado nesta segunda-feira (9).
Ele salientou que tanto o dólar quanto a cotação do petróleo foram dois riscos já mencionados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em seus comunicados oficiais e destacou que nesta segunda-feira pela manhã o valor da commodity registrava uma alta próxima a 5% depois que foram feitas correlação do conflito com o Irã, e como isso pode afetar os preços.
A posição do Brasil nesse aspecto, de acordo com Galípolo, é bastante diferente agora em relação ao passado, porque passou a ser produtor. “Passa a ser um alerta para a gente em função dos impactos nos preços domésticos dado o impacto que o preço do petróleo tem em uma série de insumos e bens que a gente consome aqui e com a correlação com o dólar”, destacou.
A transmissão ao vivo foi cortada após a fala inicial de Galípolo sobre a Guerra de Israel em 2023 no evento pela manhã. No período da tarde, a Firjan divulgou a íntegra do debate.
Com informações de Agência Brasil e Estadão Conteúdo.