Embaixadores muçulmanos e Bolsonaro se entendem durante jantar, diz CNA

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), João Martins, afirmou os embaixadores de países muçulmanos, ficaram satisfeitos com as explicações dadas pelo governo brasileiro, no jantar da última quarta-feira (10), que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

O jantar da última noite contou com a presença de 37 embaixadores e aconteceu dez dias depois de Bolsonaro anunciar a abertura de um escritório comercial em Jerusalém, em visita a Israel.

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Por conta disso, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a decisão deixou os países árabes incomodados com o Brasil.

De acordo com João Martins, durante o jantar foi colocado que os produtores brasileiros têm por objetivo manter e ampliar os negócios com os países islâmicos. Dessa forma, o presidente da CNA disse que acredita que o “mal entendido” agora é uma “página virada”.

Martins ainda afirmou que durante a reunião foi dito que o Brasil vai produzir 300 milhões de toneladas de grãos, em 10 anos.

Além disso, as exportações de grãos devem ser direcionadas principalmente aos países islâmicos, asiáticos e africanos.

Escritório em Israel

O presidente Jair Bolsonaro anunciou ainda em março a criação de um escritório comercial em Jerusalém.

Saiba mais: Bolsonaro anuncia criação de escritório comercial em Jerusalém

De acordo com o presidente, o escritório será “centrado em ciência, tecnologia e inovação”. Além disso, Bolsonaro afirmou que Jerusalém é o “coração político” de Israel.

Alinhado ao discurso de Bolsonaro, o Ministério das Relações Exteriores confirmou que “o Brasil decidiu criar um escritório em Jerusalém para promover o comércio, investimento e inovação, como parte da sua embaixada em Israel”.

Promessa de campanha

Em sua campanha presidencial, o presidente Jair Bolsonaro prometeu transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Dessa forma, a medida poderia ser interpretada como o reconhecimento da cidade como a capital de Israel.

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A visita oficial de Bolsonaro a Israel durou quatro dias. A viagem “retribui” a vinda ao Brasil do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Renan Bandeira

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