Dois irmãos sul-africanos desapareceram com US$ 3,6 bilhões (cerca de R$ 17,9 bilhões), o equivalente a 69 mil bitcoins. A informação é da Bloomberg.
De acordo com informações da reportagem, um escritório de advocacia da Cidade do Cabo contratado por investidores disse não ter conseguido localizar os irmãos Cajee e Ameer Raees, fundadores da Africrypt, plataforma de investimento em bitcoinse e criptomoedas. Os advogados reportaram o caso a uma unidade de elite da polícia da África do Sul.
Em abril, durante o pico do preço do Bitcoin, Ameer, irmão mais velho e diretor de operações da Africrypt, relatou aos clientes um ataque cibernético. Pediu ainda que não contatassem advogados e autoridades, porque retardaria o processo.
A demanda não impediu investidores céticos de chegar a uma firma de advocacia: a Hanekom Attorneys. “Ficamos imediatamente desconfiados, pois o anúncio implorava aos investidores que não tomassem medidas legais,” disseram os advogados à Bloomberg.
Uma investigação conduzida pela firma descobriu que os fundos da Africrypt foram transferidos das contas e carteiras de clientes. A criptomoedas passaram por um processo para torná-las indetectáveis.
Regulação sobre Bitcoin
Ainda segundo reportagem da Bloomberg, o valor diário da negociação de criptoativos superou em janeiro US$ 141 milhões pela primeira vez na África do Sul. A marca assinalou o crescente apetite de investidores pelo mercado ainda não regulado.
A Autoridade de Conduta do Setor Financeiro da África do Sul apura o caso da Africrypt, porém está proibida de iniciar uma investigação formal pois os ativos não são legalmente considerados produtos financeiros.
Depois da disparada do Bitcoin no ano passado, o desaparecimento bilionário poderia estimular os esforços de reguladores globais para impor regras ao mercado de crypto. Às 16h26 desta quinta-feira (24), bitcoins operavam em alta de 4,21% nas últimas 24 horas, a US$ 34.813,22. No acumulado semanal, os ativos recuam 7,90%.
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