Dividendos do IRDM11 caem 25,68% em 2023; resultado de fevereiro é de R$ 33,8 milhões

O fundo imobiliário IRDM11 divulgou seu relatório gerencial do mês de fevereiro, divulgando um resultado de R$ 33,8 milhões. Esse valor é 2,03% menor que do mês de janeiro, quando o resultado fora de R$ 34,5 milhões.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Referente a fevereiro, os rendimentos do IRDM11 foram de R$ 0,9278 por cota, o que representa 100% do resultado mensal auferido. O pagamento desses proventos foi realizado no dia 16 de fevereiro de 2023.

Os dividendos do IRDM11 equivalem a uma remuneração bruta de imposto de renda de 129,19% do CDI.

Após essa distribuição, os proventos do IRDM11 somam R$ 2,772 por cota em 2023. Nos três primeiros meses de 2022, os dividendos do fundo somavam R$ 3,7299 por cota, mostrando uma queda de 25,68% no valor de um ano para o outro.

Nos últimos 12 meses, os dividendos do fundo totalizam R$ 12,7865 por cota, perfazendo um dividend yield anualizado de 14,97%.

O que explica o resultado do IRDM11 em fevereiro?

No mês de fevereiro, o IPCA registrou alta de 0,84%. Segundo a gestão do IRDM11, isso indica uma aceleração da inflação, assim como uma provável manutenção do índice acima da meta de 3,25% para 2023.

Por essa razão, o resultado da receita que veio da correção monetária acabou beneficiando o FII IRDM11 novamente. No entanto, o mês mais “curto” em fevereiro gerou impactos negativos para a receita de juros, impedindo que o resultado distribuível fosse ainda maior.

O relatório também destacou o cenário atual do governo brasileiro, sobretudo nos assuntos que tangem a independência do Banco Central e o novo arcabouço fiscal.

“Ao não apresentar um arcabouço fiscal, criticar o teto de gastos e colocar a independência do Banco Central em cheque, o Governo tem gerado uma série de inseguranças, o que posterga um eventual corte de juros e corrobora para um cenário de maior instabilidade”, explica a gestão do fundo imobiliário IRDM11.

As taxas de juros elevadas, contexto de aversão ao risco e um baixo volume de negociação e preços também são fatores que vem trazendo impactos negativos para a receita de negociações de CRIs e FIIs.

No caso da carteira de FIIs, a gestão do fundo IRDM11 percebeu uma piora em relação ao mês de janeiro no recebimento de proventos. No entanto, o rendimento de fevereiro vindo de FIIs de terceiros foi superior ao período que compreende os meses de setembro e dezembro do ano passado.

Todos os ativos do IRDM11 se encontram adimplentes. A exposição da carteira é majoritariamente em CRIs, com uma representação de 68,47%. O principal indexador utilizado é o IPCA, que corresponde a uma parcela de 58,67% do portfólio.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/12/Ebook-Acoes-Desktop.webp

João Vitor Jacintho

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno