IRB (IRBR3) tem prejuízo de R$ 229,8 milhões no 3T20 e prevê lucro em 2021

O IRB Brasil Re (IRBR3) teve um prejuízo líquido de R$ 229,8 milhões no terceiro trimestre de 2020, um resultado pior do que o prejuízo de R$ 19,7 milhões visto um ano antes. Em relação ao segundo trimestre de 2020, no entanto, o resultado melhorou. No período, as perdas haviam chegado a R$ 685,1 milhões.

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De acordo com resultado divulgado na noite de ontem pelo IRB, a melhora em relação ao trimestre anterior reflete uma retomada do mercado segurador. Nos nove primeiros meses do ano, a companhia contabiliza prejuízo de R$ 901,1 milhões, reflexo da aceleração nos avisos de sinistros internacionais. Segundo a empresa, as perdas são explicadas “pelo momento de incertezas da economia e na companhia”.

IRB está descontinuando parte dos contratos

No entanto, o IRB acredita que poderá alcançar lucro em 2021, com a melhoria de prêmios, especialmente em grandes riscos, como nos setores de petróleo, patrimonial e rural. “Quando olhamos a operação, já excluindo os contratos descontinuados, observamos um lucro líquido de R$149,4 milhões no terceiro trimestre”, afirmou.

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A empresa explicou que a descontinuação de negócios faz parte de uma estratégia de focar em contratos que assegurem desempenho satisfatório. “Chamaos essa iniciativa de limpeza, arrumação e crescimento sustentável do portfólio.”

Emvolvida em uma série de escândalos que derrubaram a cotação do papel neste ano, a companhia declarou estar comprometida com ética, governança e gestão de riscos, e que está “claramente avançando” nesses processos.

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Prêmios emitidos cresceram 29,4%

Os prêmios emitidos pelo IRB somaram R$ 2,975 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 29,4% na comparação anual. Já o índice de sinistralidade total foi de 96,2%, ante índice de 90,5% um ano antes.

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O resultado financeiro da empresa ficou em  R$ 115,8 milhões no terceiro trimestre, enquanto no mesmo período do ano passado havia ficado negativo em R$ 19 milhões.

O IRB afirmou ainda que encerrou o terceiro trimestre de 2020 com excesso de capital regulatório de R$ 1,5 bilhão, após a capitalização concluída em agosto de 2020, no montante de R$ 2,3 bilhões.

Segundo a empresa, o índice de solvência regulatória é de 182,4% (patrimônio líquido ajustado/capital de risco total). Já o índice de solvência total da empresa está em 259,5% (patrimônio líquido total/capital de risco total).

Além disso, o IRB disse que o desenquadramento total de liquidez regulatória somou R$ 1,97 bilhão no final do trimestre. Considerando a captação de debêntures feita em outubro (R$ 597 milhões) e uma conta remunerada em dólares no exterior (R$ 793 milhões), o desenquadramento básico fica em R$ 580 milhões.

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Natalia Gómez

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