O BTG Pactual emitiu um relatório com as suas projeções para o IRB (IRBR3) no terceiro trimestre deste ano, e um dos destaques, segundo os analistas, é a possibilidade da reversão das provisões relacionadas ao Rio Grande do Sul.
Os analistas destacam que, no segundo trimestre, a companhia já havia provisionado R$ 107 milhões para cobrir sinistros potenciais referentes ao desastre ambiental no Rio Grande do Sul. Agora, segundo o BTG, há um potencial de reversão dessas provisões, o que tende a representar um risco positivo para o IRB.
Os analistas do BTG Pactual destacam também que o IRB continua priorizando a lucratividade em detrimento do crescimento acelerado, renovando contratos com boas condições e mantendo um índice combinado em torno de 100% nos últimos 12 meses.
“A empresa também pode se beneficiar das taxas de juros em alta no Brasil, embora parte de seu portfólio de investimentos (aproximadamente 40%) esteja fora do país. O impacto do furacão Milton, ocorrido em outubro, deve ser limitado, pois o IRB possui seguro de retrocessão para se proteger”, diz o relatório.
O lucro do IRB em agosto foi de R$ 29 milhões, cita o BTG, uma queda de 14% frente ao mês anterior, mas alta de 65% na base anual.
“No acumulado do trimestre, o lucro líquido estimado é de R$ 94 milhões, um aumento de 44% em relação ao trimestre anterior e de 97% em relação ao mesmo período do ano anterior, marcando o melhor trimestre do ano até agora”, estimam os analistas.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para as ações do IRB (IRBR3), com preço-alvo de R$ 55. A visão positiva da casa para as ações IRBR3 se dá, sobretudo, pelos seguintes fatores:
- Aumento da taxa Selic
- Reversão de sinistros no RS
- Melhoria na sinistralidade dos setores agrícola e imobiliário
- Recuperação da demanda por seguros e resseguros, impulsionada por eventos climáticos
Por outro lado, destaca a casa, ainda há incertezas sobre a sustentabilidade do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do IRB.