O BTG Pactual (BPAC11) e o BB Investimentos mantiveram-se neutros em IRB Brasil (IRBR3) após o ressegurador reportar um prejuízo 27,8% menor no terceiro trimestre de 2021 em comparação com 2020, de R$ 155,7 milhões.
Por volta de 15h30, a ação do IRB operava em queda de 5,79%, a R$ 4,72. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo, recuava 1,15%, a 106.357,76 pontos.
O BB Investimentos entendeu que o ressegurador apresentou um resultado financeiro positivo de R$ 256,8 milhões (+123% a/a), o qual foi responsável pela recuperação do resultado operacional. Na análise do banco, o custo de aquisição da companhia também melhorou entre julho e setembro, com um recuo de 3,6% em 12 meses em termos absolutos e cinco pontos percentuais em relação ao total de prêmios ganhos.
O BB-BI ponderou que resultado de subscrição (underwriting) pressionou a última linha do IRB, com o resultado negativo de R$ 677,7 milhões. O montante representa um aumento de 73% ante igual período de 2020, puxado pelos segmentos Patrimonial, Vida e Aviação no Brasil.
Em vista disso, o banco atualizou o modelo para o ressegurador e revisou o preço-alvo para a ação do IRB no final de 2022 para R$ 5,00, implicando um potencial de valorização de 5,93%.
Recuperação do IRB não virá da noite para o dia
O BTG Pactual reforçou que o processo de re-underwriting pelo qual a empresa passa não é uma via expressa, tampouco reta. As perdas líquidas ficaram acima das projeções do banco e os índices de solvência pioraram na comparação trimestral.
“Entendemos que gestão ainda está avaliando a possibilidade de fornecer um guidance. Acreditamos que seria de grande ajuda. A história da marca e do patrimônio líquido do IRB está em reconstrução, mas ainda não acreditamos que é hora de entrar,” escreveu o BTG Pactual em relatório desta sexta-feira (12).
Até as perspectivas melhorarem, o banco manteve o preço-alvo para IRB em 2022 no patamar de R$ 5,30, um upside de 12%.