Louise Barsi, filha do maior investidor pessoa física da bolsa brasileira e membra do Conselho Fiscal do IRB Brasil (IRBR3), se pronunciou pela primeira vez sobre uma eventual oferta de ações por parte da companhia. Ela pretende subscrever 10 milhões de ações na oferta a ser realizada, que visa solucionar problemas de liquidez e captar até R$ 1,2 bilhão com emissão de ações.
Em falas anteriores, já havia criticado o fato de o aumento de capital do IRB ter sido vazado à imprensa antes da resseguradora formalizar a decisão via Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No seu pronunciamento, Louise Barsi destaca que se encerra nesta quarta (31), ao meio-dia, o período para colocação da oferta em IRBR3.
“Como vocês sabem, a empresa precisa de capital para atender aos critérios regulatórios exigidos pela SUSEP. Nossa opinião pública desde que entramos no papel, há cerca de 12 meses, é que os acionistas de referência, que estavam na empresa durante o seu período crítico, deveriam ser aqueles também de maior protagonismo durante o processo de capitalização, não os acionistas minoritários”, disse a investidora.
“Nossa opinião pública desde que entramos no papel, há cerca de 12 meses, é que os acionistas de referência, que estavam na empresa durante o seu período crítico, deveriam ser aqueles também de maior protagonismo durante o processo de capitalização, não os acionistas minoritários. Dito isto, e sempre cobrando um posicionamento contundente perante a B3 sobre o exagerado limite permitido de aluguéis e especulação sobre o papel, pretendemos subscrever 10 milhões de ações da nossa posição, a uma oferta de R$ 1 por ação”, seguiu.
A filha de Luiz Barsi também afirmou que, caso não sejam atendidos – o que seria um ‘aumento de risco’ – seria avaliada uma eventual mudança na quantidade do investimento na empresa.
“Eu, Louise, subscreverei a integralidade das ações a que tenho direito, no preço a mercado”, pontuou.
“Como integrante do Comitê de Auditoria, deposito meu voto de confiança de que a companhia fará tudo que estiver ao seu alcance para maximizar os recursos captados (e estarei lá para cobrar isso)”, concluiu.
Quanto Barsi tem em investimento no IRB?
A filha do megainvestidor Luiz Barsi disse recentemente que até o fim de dezembro de 2021, as posições em Cielo (CIEL3) e IRB não ultrapassavam 3% da carteira de investimentos do seu pai.
“O IRB se enquadra na nossa carteira de oportunidades. Oportunidades que, se um dia derem certo, vão dar muito certo e pagar muitos dividendos, mas não existe certeza”, declarou Louise em uma transmissão ao vivo.
Além disso, usou uma metáfora para explicar que o investimento em IRB segue em baixa alocação por conta do risco elevado. “É sempre o dinheiro da pinga e não do leite”, disse.
“Em empresas de oportunidade, como você tem que saber o quanto alocar? É aquilo que é suficiente para ganhar dinheiro, mas aquilo que, se você perder, você vai ter seu ego arranhado, e não seu patrimônio. É melhor ter seu ego ferido do que ter seus recursos abalados. É aquele percentual que, se der certo, fará a diferença, mas se der errado não atrapalhará seus planos na carteira previdenciária”, explicou Louise.
Sobre a alocação atual na carteira de Barsi, Louise citou que ‘o IRB continua mais ou menos na mesma, mas Cielo acabou despontando’, citando a alta dos papéis CIEL3, de mais de 150% no acumulado de 2022.