A Bolsa de Valores do Brasil (B3) informou nesta sexta-feira (29) que a negociação de ações da empresa IRB Brasil (IRBR3) será submetida a leilões durante o dia, sob o argumento de que em momentos de volatilidade, o mecanismo de leilão promove uma melhor formação de preços.
Com isso, a ação do IRB ficou em leilão até aproximadamente as 11 horas e abriu com ganhos de cerca de 1,43%, para depois voltar a ser leiloada. Por volta das 14h50, a empresa registrava uma queda de 6,39%, a R$ 7,18.
No último pregão (28), um grupo do Telegram promoveu a compra coordenada das ações da empresa na véspera para forçar um short squeeze, o que levou as ações subirem 17,82%, registrando a maior alta do Ibovespa. O movimento tentou imitar o que aconteceu no mercado acionário americano com a GameStop nesta semana.
Desta forma, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou que estava monitorando a situação. Questionada pela Suno Notícias, o órgão regulador pontuou que “acompanha e analisa informações e movimentações envolvendo companhias abertas, tomando as medidas cabíveis, sempre que necessário”.
A CVM ainda ressaltou que possíveis casos concretos envolvendo a situação do IRB serão avaliados individualmente pela Autarquia por meio de processos administrativos, podendo, inclusive, acarretar em multas.
Segundo o IRB, não há nenhum fato relacionado às suas atividades que justifique as fortes oscilações das suas ações ordinárias, que fecharam ontem com alta de quase 15%.
Apesar disso, a companhia afirmou ter conhecimento, por conta da imprensa, que um grupo de investidores pessoas físicas está se movimentando para adquirir os papéis da empresa. O IRB afirma, entretanto, não ter nenhum envolvimento com o caso e nem mesmo a possibilidade de verificar se a movimentação é realmente verdadeira.
O IRB se prontificou a ficar à disposição do órgão regulador para qualquer esclarecimento necessário.
Última cotação
Na última quinta-feira (28), o IRB encerrou a sessão com uma alta de 17,82%, a R$ 7,67.