Os dias seguem difíceis para o IRB Brasil (IRBR3). O Santander e o Credit Suisse amolaram seus facões, que estão sendo utilizados para cortes no preço-alvo das ações da resseguradora. No caso do banco suíço, a queda chegou a quase 80%.
Em relatório divulgado nesta terça (20), os analistas do Credit Suisse reduziram o preço-alvo do IRB de R$ 3,35 para R$ 0,70, recuo de 79%. O papel seguiu sendo classificado como underperform (equivalente à venda).
Para os analistas do Credit Marcelo Telles e Daniel Vaz, mesmo com os esforços da administração, ainda existe um “cenário desafiador para o core business do IRB, com espaço limitado para crescer ou mesmo para absorver novas perdas líquidas potenciais”.
Na visão deles, o prejuízo líquido da resseguradora será de R$ 764 milhões em 2022, e de R$ 113 milhões em 2023. Antes, as estimativas eram de prejuízo líquido de R$ 29 milhões neste ano, e de lucro líquido de R$ 226 milhões no próximo ano. Além disso, o Credit Suisse encerrou a sua cobertura sobre o IRB Brasil.
No Santander, o corte foi de 30%, rebaixando o preço-alvo de R$ 1,20 para R$ 0,80.
“Agora acreditamos que o turnaround da empresa deve demorar mais para se concretizar do que esperávamos anteriormente”, destacaram os analistas do Santander Henrique Navarro, Arnon Shirazi e Anahy Souza.
O corte no preço-alvo também é justificado por uma redução na projeção do retorno sobre patrimônio (ROE) para 2023, que diminuiu de 12% para 9%.
Na visão desses especialistas, o índice de sinistralidade do IRB seguirá mais alto, o que afetará os resultados e a lucratividade geral da empresa. Por isso, eles continuam “cautelosos e reiteramos nossa recomendação de manutenção”.
IRB Brasil hoje
Por volta do 12h30, as ações do IRB Brasil operavam em alta de 6,49%, ao preço de R$ 0,82, de acordo com os dados da plataforma Status Invest.
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