O IRB Brasil (IRBR3) adiou o pagamento de Juros sobre Capital Próprio previsto para amanhã (29), no valor de R$ 28,027 milhões ou R$ 0,03 por ação, sem informar uma nova data.
Segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o pagamento foi adiado até que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) certifique formalmente o cumprimento dos índices regulatórios exigidos no Plano de Regularizaçãode Liquidez apresentado pela companhia e aprovado pela autarquia.
O IRB declarou que tomou “diversas medidas” para sanar as insuficiências regulatórias de conhecimento do mercado, mas que a certificação formal da sua regularização só poderá ser apurada com a conclusão das demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2020.
IRB tem prometido melhora
Nos últimos meses, o IRB tem divulgado pronunciamentos do CEO Antônio Cássio dos Santos. Em entrevistas em vídeo, ele declarou que o resultado da empresa referente ao quarto trimestre deve mostrar mais a “nova cara” do IRB. No terceiro trimestre, segundo ele, o balanço ainda apresentou resquícios do processo de reformulação, “mas o passado está ficando no passado”.
O IRB descontinuou alguns negócios, como parte da estratégia de focar em contratos que assegurem desempenho satisfatório.
Em meio à reformulação, as principais contas que o IRB deixou foram no exterior. Para voltar a recuperar mercado externo, a companhia aposta na sua eficiência operacional. “Operamos com um custo administrativo da ordem de 4% a 5% Quando nós vamos ao mercado internacional, o mercado opera com custo de 13% a 15%”, afirma o CEO.
Para voltar ao mercado externo, entretanto, o IRB tem de acertar alguns pontos. É necessário expandir as provisões técnicas para atender os clientes internacionais.
“Estamos buscando instrumentos financeiros para cobrir este detalhe, que não é muito pequeno, na casa dos R$ 800 milhões. E estamos buscando as formais mais adequadas que serão aceitas por reguladores brasileiros e internacionais”, declarou o presidente do IRB.