O IRB Brasil RE (IRBR3) registrou um prejuízo de R$ 110,6 milhões nos primeiros dois meses de 2020. As informações foram encaminhados nesta segunda-feira (25) à Superintendência de Seguros Privados (Susep).
O IRB Brasil teve um prejuízo de R$ 57,9 milhões em janeiro, o primeiro resultado negativo desde 2016. Por sua vez, o resultado negativo em fevereiro foi de R$ 52,7 milhões.
No caso dos prêmios recebidos, o total chegou a R$ 1,085 bilhão e os sinistros ocorridos foram de R$ 857 milhões. As despesas financeiras chegaram em R$ 627,8 milhões no período
Entretanto, mesmo com esse resultado negativo, as ações da empresa registram alta nesta segunda na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Os papéis da resseguradora subiam 6,00% a R$ 7,60. Uma valorização em uma dia de forte alta do Ibovespa.
Lazard vende IRB Brasil
O banco de investimento norte-americano Lazard Asset Management vendeu nos últimos dias suas ações do IRB Brasil, alcançando uma posição acionária de 3,78%.
No dia 29 de abril, a Lazard possuía 5,28% de participação no IRB Brasil, com um total de 49.453.154 papéis ordinários. A Lazard possui, agora, 35.380.192 ações ordinárias da resseguradora.
“A Lazard declarou, ainda, que a posição acionária é estritamente de investimento, não objetivando alterar a composição do controle ou da estrutura administrativa do IRB Brasil RE, e que não firmou qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão desta Companhia”, informou o IRB Brasil em seu comunicado.
Insuficiência de provisões técnicas
Em fevereiro, o IRB registrou insuficiência de provisões técnicas de R$ 300 milhões, provocando a ação da Susep. A necessidades de provisões foi de R$ 9,8 bilhões, enquanto os ativos elegíveis somente R$ 9,5 bilhões.
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Na semana passada a empresa realizou uma reunião com clientes negando ter problemas de solvência e garantindo o cumprimento de seus contratos. Além disso, a diretoria da resseguradora salientou que o índice de solvência estava em 235% em fevereiro.
Segundo o IRB, há condições de suprir o problema transformando os ativos que hoje são considerados inelegíveis em elegíveis. Mas isso deveria passar, por exemplo, através da venda da participação imobiliária e transformação dos recursos em aplicação financeira.