O setor de seguros viu seu faturamento crescer 20,2% em junho, na comparação ano a ano, para R$ 12,7 bilhões, conforme levantamento feito pelo IRB Brasil (IRBR3). Além disso, o resultado é o melhor para o mês desde 2014.
Já no acumulado do primeiro semestre deste ano, a arrecadação do setor de seguros somou R$ 66,9 bilhões, 16,7% mais que na primeira metade de 2020. Constam daquele período os meses de pior desempenho de vendas de seguros, em meio à pandemia.
Também devido à base de comparação baixa, em junho todas as rubricas do setor registraram crescimento de dois dígitos em relação ao desempenho verificado um ano antes, conforme o boletim. Assim como as vendas, a sinistralidade também cresceu, 8,8 pontos porcentuais, no ano a ano. No semestre, o índice avançou 6,5 p.p., em relação à sinistralidade registrada na primeira metade de 2020.
Também se confirmou em junho uma consequência da pandemia, que levou à maior valorização da cobertura do risco de morte. Com isso, o ramo Vida atingiu R$ 4,4 bilhões de faturamento no mês. O segmento foi afetado, no entanto, pelo aumento exponencial da sinistralidade, que passou de 29,9% para 50,2%, entre os primeiros seis meses do ano passado e deste ano.
Lucro das empresas de seguros recua no semestre
O abalo provocado pela segunda onda de covid sobre a alta sinistralidade no ramo Vida se fez notar nos resultados das companhias do setor. Em junho, o lucro líquido das seguradoras recuou 112,1%, levando a uma queda de 58%, no semestre.
Outros destaques de faturamento em junho foram registrados em Automóveis, com R$ 3,2 bilhões, Danos e Responsabilidades (D&O), com R$ 2,9 bilhões, Individual Contra Danos, com R$ 971 milhões, e no seguro Rural, com R$ 819 milhões. Até o segmento de Crédito e Garantia, que vinha se retraindo nos três meses anteriores, se recuperou, com vendas de R$ 447 milhões, em junho.
O Boletim IRB+Mercado resume as operações de seguros a partir dos dados públicos disponibilizados pela Susep no início deste mês. Entram na conta os seguros de danos, responsabilidades e pessoas.
Com informações do Estadão Conteúdo.