A Standard & Poor’s Global Ratings, agência de classificação de risco, elevou o rating do IRB Brasil (IRBR3) para “brAAA” e atribuiu uma perspectiva estável à companhia. A informação foi revelada por meio de um relatório divulgado na última terça-feira (29).
Segundo a S&P, as recentes mudanças na direção do IRB “fortalecerão a governança e melhorarão a cultura de risco, embora essas mudanças sejam recentes e precisem de tempo para materializar por completo”.
A agência pontua que a resseguradora tem uma posição de liderança no mercado em que atua, além de um forte reconhecimento de marca, que dá suporte à sua forte posição competitiva, enquanto a recente emissão de ações “reforça sua posição de capital satisfatória”.
“Esperamos que o novo conselho e CEO implementem mudanças para melhorar a governança e a transparência, melhorar a cultura de risco e fortalecer os controles de risco e compliance. Vemos essas mudanças como positivas, e esperamos que estabilizem as operações do IRB”, diz o relatório.
Para a agência, o IRB se beneficiará de seu longo histórico de posição sólida no mercado brasileiro de resseguros e seu bom relacionamento com clientes para dar suporte à sua posição de negócios, apesar dos recentes problemas de governança que afetaram sua reputação.
S&P faz ressalvas quanto ao futuro do IRB
A S&P, entretanto, informou que pode rebaixar o rating da companhia nos próximos 12 meses se acreditar que a governança e os controles internos de risco não são suficientes para tratar das deficiências existentes, se resultados operacionais ficarem significativamente abaixo das expectativas ou se a capitalização diminuir drasticamente.
“Apesar da recente emissão de ações, avaliamos a liquidez do IRB como menos do que adequada, pois os recursos disponíveis permanecem inferiores aos usos potenciais em condições de estresse”, diz a agência.
“O escrutínio regulatório da posição de liquidez da empresa, que piorou após o fortalecimento das reservas, levou a uma ação administrativa adicional que recebeu aprovação regulatória. O plano inclui a emissão de capital já realizada, entre outros itens. Esperamos que o IRB cumpra as exigências regulatórias mínimas até janeiro de 2021, quando reavaliaremos sua posição de liquidez”, afirma a S&P.