O IRB Brasil Resseguros (IRBR3) comunicou na noite desta terça-feira (20) a disponibilização do relatório periódico mensal enviado à Superintendência de Seguros Privados (Susep), no qual a empresa apresentou um prejuízo de R$ 65,4 milhões referente ao exercício no mês de agosto.
De acordo com o ressegurador, se excluído o impacto dos negócios descontinuados, a companhia teria registrado um lucro líquido de R$ 73,8 milhões. O IRB informou que a divulgação atende às exigências do plano de contas exigido pelo órgão regulador e ressaltou que os dados presentes no relatório estão sujeitos a mudanças e não foram auditados.
Conforme o documento, a companhia apresentou um faturamento bruto, em termos de prêmios emitidos, de R$ 697,6 milhões em agosto, o mesmo nível registrado em igual período do ano passado, sendo que, desse total, R$ 357,6 milhões foram emitidos no Brasil, e R$ 340,0 milhões no exterior. O faturamento externo anotou um crescimento de 11,7% no período, enquanto o prêmio no Brasil caiu 9,4% em relação a agosto de 2019
O faturamento de competência, por sua vez, auferido com base no prêmio ganho, totalizou R$ 663,0 milhões no último mês de agosto.
Sinistralidade do IRB fica em 89,6% em agosto
De acordo com o relatório, o índice de sinistralidade, medido pela relação das despesas com indenizações sobre o faturamento de competência, ficou em 89,6% no período, revertendo a tendência observada no primeiro trimestre deste ano, quando foi registrada uma sinistralidade de 108,0%. A despesa de sinistro em agosto foi de R$ 593,8 milhões.
Quando excluídos os sinistros dos negócios não continuados — cancelados e/ou não renovados — o índice cai para 56,0%, destacou o IRB.
Ao mesmo tempo, o índice de gastos externos, que contempla principalmente as comissões, ficou em 2,4%; enquanto o índice de gastos internos, que considera as despesas administrativas, se situou em 4,6%. O índice de resultado financeiro e patrimonial atingiu 7,1% do faturamento de competência obtido no mês de agosto.
Além disso, a contribuição marginal, resultado de “underwriting” ou de subscrição, ficou negativo em R$ 99,3 milhões. O IRB Brasil atribui o resultado à elevada sinistralidade dos negócios descontinuados no valor de R$ 263,1 milhões.