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IRB Brasil (IRBR3): posições vendidas chegam perto do limite da B3 (B3SA3)

IRB Brasil (IRBR3).Foto: Divulgação

IRB Brasil (IRBR3). Foto: Divulgação

O volume de posições vendidas em papéis do IRB Brasil (IRBR3) alcançou nível recorde na última terça-feira (30), se aproximando cada vez mais o limite autorizado pela B3 (B3SA3).

Com a empresa prestes a realizar uma oferta de ações, com a intenção de trazer capital para continuar as operações, o IRB Brasil viu o número de posições em aberto (ou seja, ações alugadas que não foram cobertas ou compradas de volta) chegar a 717 milhões. O número equivale a 27,2% dos ativos em circulação, conforme os dados da Bolsa compilados pela XP.

Investidores escolhem tomar uma posição vendida em ações quando têm a previsão de que o preço vai cair. Isso significa que, ao alugar os ativos de outros investidores para vendê-los com o objetivo de recompra com valor menor no futuro, ganha-se na diferença.

Com o aumento da demanda nas operações, a bolsa de valores elevou o limite do aluguel de ações do IRB Brasil de 25% para 30% do free float, mas cortou de 35% para 30% o limite para opções com as ações.

De acordo com apuração feita pelo Infomoney, grande parte da visão de queda das ações do IRB Brasil está em fundos de investimentos.

Em dezembro de 2021, fundos brasileiros de ações e multimercados passaram a vender mais os papéis da companhia. Os dados são da Economatica.

A estratégia “long and short” significa vender uma ação que não possui (short) e, com o recurso da venda, comprar uma ação que irá subir (long). Conforme o levantamento requisitado pelo Infomoney, uma centena de carteiras de fundos possuíam alguma posição short em IRB Brasil em abril, mantendo os papéis alugados. Do outro lado, 220 tinham alguma posição “long”.

Embora realizadas por um número menor de gestores, as posições vendidas dos fundos ultrapassavam com folga as compradas. O saldo era de -R$ 169 milhões em abril.

IRB Brasil (IRBR3): Louise Barsi afirma que subscreverá 10 milhões de ações em oferta

Louise Barsi, filha do maior investidor pessoa física da bolsa brasileira e membra do Conselho Fiscal do IRB Brasil (IRBR3), se pronunciou pela primeira vez sobre uma eventual oferta de ações por parte da companhia. Ela pretende subscrever 10 milhões de ações na oferta a ser realizada, que visa solucionar problemas de liquidez e captar até R$ 1,2 bilhão com emissão de ações.

Em falas anteriores, já havia criticado o fato de o aumento de capital do IRB ter sido vazado à imprensa antes da resseguradora formalizar a decisão via Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No seu pronunciamento, Louise Barsi destaca que se encerra nesta quarta (31), ao meio-dia, o período para colocação da oferta em IRBR3.

“Como vocês sabem, a empresa precisa de capital para atender aos critérios regulatórios exigidos pela SUSEP”, disse a investidora.

“Nossa opinião pública desde que entramos no papel, há cerca de 12 meses, é que os acionistas de referência, que estavam na empresa durante o seu período crítico, deveriam ser aqueles também de maior protagonismo durante o processo de capitalização, não os acionistas minoritários. Dito isto, e sempre cobrando um posicionamento contundente perante a B3 sobre o exagerado limite permitido de aluguéis e especulação sobre o papel, pretendemos subscrever 10 milhões de ações da nossa posição, a uma oferta de R$ 1 por ação”, seguiu.

filha de Luiz Barsi também afirmou que, caso não sejam atendidos – o que seria um ‘aumento de risco’ – seria avaliada uma eventual mudança na quantidade do investimento na empresa.

“Eu, Louise, subscreverei a integralidade das ações a que tenho direito, no preço a mercado”, pontuou.

“Como integrante do Comitê de Auditoria, deposito meu voto de confiança de que a companhia fará tudo que estiver ao seu alcance para maximizar os recursos captados (e estarei lá para cobrar isso)”, concluiu.

Cotação

As ações do IRB Brasil fecharam em queda de 4,65%, a R$ 1,64.

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