Nesta quinta-feira (1), os papéis do IRB Brasil (IRBR3) lideraram entre as maiores perdas do Ibovespa, em dia de precificação de sua oferta de ações, que espera captar até R$ 1,2 bilhão.
A precificação ocorre após o fechamento do mercado para ajudar o IRB a atingir a regularização de capital.
As ações do IRB desabaram no fechamento: 13,41%, cotadas a R$ 1,42. Analistas avaliam que o IRB está se mostrando mais vulnerável que o esperado.
A expectativa é de que a oferta tenha participação do Itaú (ITUB4) e do Bradesco (BBDC4).
Na terça-feira (30), o volume de posições “vendidas” em papéis do IRB alcançou nível recorde. No mesmo dia, o IRB anunciou a negociação de sua sede com o Sebrae-RJ, por R$ 85,3 milhões e um acordo que permitiria a venda de sua participação no Casashopping por mais de R$ 100 milhões.
Investidores escolheram tomar uma posição vendida em ações com a previsão de que o preço dos papéis vai cair. Isso significa que, ao alugar os ativos de outros investidores para vendê-los com o objetivo de recompra com valor menor no futuro, ganha-se na diferença.
Com o aumento da demanda nas operações, a bolsa de valores elevou o limite do aluguel de ações do IRB Brasil de 25% para 30% do free float, mas cortou de 35% para 30% o limite para opções com as ações.
IRB Brasil: Louise Barsi afirma que subscreverá 10 milhões de ações em oferta
Louise Barsi, filha do maior investidor pessoa física da bolsa brasileira e membra do Conselho Fiscal do IRB Brasil, se pronunciou pela primeira vez sobre uma eventual oferta de ações por parte da companhia. Ela pretende subscrever 10 milhões de ações na oferta a ser realizada, que visa solucionar problemas de liquidez e captar até R$ 1,2 bilhão com emissão de ações.
Em falas anteriores, já havia criticado o fato de o aumento de capital do IRB ter sido vazado à imprensa antes da resseguradora formalizar a decisão via Comissão de Valores Mobiliários (CVM).