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IRB Brasil (IRBR3): técnicos da CVM acatam processo em caso do UBS

Com novo CFO, companhia sobe praticamente sozinha no Ibovespa hoje, com índice amargando perdas em praticamente todos os papéis - Foto: Divulgação

Com novo CFO, companhia sobe praticamente sozinha no Ibovespa hoje, com índice amargando perdas em praticamente todos os papéis - Foto: Divulgação

A Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores (SOI) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) encerrou o processo administrativo que avaliava o caso da suposta manipulação de preços das ações do IRB Brasil (IRBR3) pelo banco UBS. Agora, a área técnica da autarquia dará seguimento ao caso.

Segundo um documento divulgado na última sexta-feira (9), os técnicos da CVM darão procedimento “às investigações em processo administrativo próprio e tomarão as providências apropriadas, independentemente de provocação da parte, no estrito exercício do poder de polícia, no âmbito administrativo”. Os acionistas do IRB Brasil protocolaram a reclamação em outubro de 2020.

No dia 5 daquele mês, os investidores do ressegurador reclamaram ao SAC da autarquia que o banco UBS teria divulgado a retomada da cobertura da empresa, com preço-alvo de R$ 4,60. No dia seguinte, os papéis caíram mais de 15%.

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Os acionistas teriam solicitado a investigação, suspeitando que o UBS teria se beneficiado da forte queda das ações, que continuaram a cair nos dias seguintes. A reclamação foi enviada pela SOI a Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI), que fiscaliza as negociações em Bolsa.


A partir de agora, os investidores aguardam um novo posicionamento da CVM sobre o caso, que acabou trazendo forte volatilidade às ações da empresa.

Confira o documento na íntegra:

Ofício assinado por Gilson Nascimento Maia, Gerente de Orientação aos Investidores na CVM.

UBS apontava ‘novo normal’ difícil para o IRB Brasil

No relatório que trouxe mais uma polêmica ao papel, o UBS apontava que o “novo normal” para o IRB seria bem mais modesto a partir daquele momento, o que motivaria a recomendação de venda.

Naquele dia, as ações da empresa eram negociadas a R$ 8,10, o que na visão dos analista do banco não se justificava, pois representaria um Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) de 20% e uma taxa de sinistralidade de 62% — números muito altos na visão dos especialistas.

O documento divulgado pela empresa acabou gerando grande repercussão no mercado, motivada por razões diferentes. Por um lado, os reclamantes diziam que o UBS gostaria de prejudicar os concorrentes, uma vez que em agosto o Itaú e o Bradesco haviam aportado R$ 600 milhões em um aumento de capital do IRB.

Por outro lado, investidores alertavam sobre um grande volume de vendidos no papel (agentes do mercado que apostam na queda das ações). Entretanto, o que chamou atenção foi que meses antes o UBS obtinha um preço-alvo de R$ 48 para as ações do ressegurador, consideravelmente diferente da recomendação de venda com target de R$ 4,60.

Por volta das 12h15 desta segunda-feira, as ações do IRB Brasil subiam 0,32%, sendo negociadas a R$ 6,18 na B3.

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