IRB Brasil (IRBR3) afirma que “quase 70% do problema de liquidez está resolvido”
O presidente do IRB Brasil RE (IRBR3), Antônio Cássio dos Santos, disse, nesta segunda-feira (31), que “quase 70% do problema de liquidez [da resseguradora] já está resolvido”. A afirmação foi feita em uma entrevista coletiva para apresentação dos resultados trimestrais.
Em complemento a esta fala, o vice-presidente do IRB Brasil, Wilson Toneto, disse que não há um “gap” de solvência regulatória na empresa, apenas de liquidez. O IRB destacou que este défict de liquidez era de R$ 3,3 bilhões no final do segundo trimestre, porém não era considerado ainda o aumento de capital aprovado nesta segunda pelo Conselho de Administração da empresa.
Levando em conta o aumento de capital aprovado pela empresa, o déficit de liquidez diminuiria para aproximadamente R$ 1 bilhão. De acordo com Werner Süffert, vice-presidente financeiro do IRB Brasil, isso é uma “ilação” que ainda não considera, entre outros fatores, os resultados operacionais dos meses de julho e agosto.
Süffert também já afirmou que a companhia tem como intuito criar condições para resolver a situação da liquidez e melhorar o quesito do caixa. “O objeto não é simplesmente chegar no mínimo, mas termos um colchão para suportar o crescimento, porque com isso teremos mais provisões no futuro”, afirmou o executivo.
O vice-presidente da IRB, Wilson Toneto, disse que a resseguradora apresentou à Susep um plano para zerar o déficit, citado anteriormente, nos próximos meses. Toneto salientou que há uma boa relação entra a companhia e a autoridade e destacou ainda que a fiscalização especial da Susep não configura uma interferência administrativa na empresa. Com o aumento de capital, o índice de solvência da IRB deve subir para 244%, um dos mais altos do mundo, de acordo com Toneto.
“Estamos claramente no caminho de geração de caixa, que é um dos nossos grandes objetivos”, acrescentou Santos à fala de Toneto. O executivo da IRB Brasil disse que agosto foi menos deficitário que julho e salientou a tendência da resseguradora de caminhar para um ponto de equilíbrio na geração de caixa. “Em setembro, se não houver algum sinistro anormal, estaremos próximo ao breakeven”, afirmou Santos.