Um levantamento feito pela Economatica mostrou que no ano passado a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) foi a casa de 47 aberturas de capital (IPOs). Apesar do volume alto, o maior da séria histórica ocorreu em 2007, com 59 ofertas iniciais de ações.
O estudo mostra que em 2021, na mediana até o final do ano, esses IPOs feitos no ano passado tiveram uma rentabilidade negativa de 22,24%, o que equivale ao terceiro pior desempenho desde 2004.
A Economatica lenbra que o pior desempenho até agora foi em 2008: quatro IPOs tiveram, na mediana, uma queda de 48,15%. O segundo maior tombo foi em 2016, quando uma única abertura de capital caiu 26,75%.
De todas as aberturas de capital ocorridas em 2021, apenas 12 terminaram o ano com uma rentabilidade positiva desde a oferta, segundo o estudo. A ação que mais se valorizou foi a do Assaí (ASAI3) que fechou o ano com uma alta de 343,67%.
Até hoje, desde 2004, 230 empresas abriram seu capital na B3, mas apenas 130 dessas continuam sendo negociadas na sua forma original.
IPOs: 47 aberturas de capital representavam 6,7% do total do valor de mercado da B3
Além disso, o levantamento abordou quanto os IPO’s de cada ano representavam do valor de mercado, e descobriu que em 2021 as 47 aberturas de capital representavam 6,7% do total do valor de mercado da B3.
Levando em consideração todas as 130 as ofertas iniciais de ações desde 2004 que ainda, essas concentravam, ao final de 2021, 31,3% do total do valor de marcado da Bolsa.
Maiores IPOs desde 2004
A Economática também compilou os maiores IPOs desde 2004, avaliados por valor de marcado.
Os setores com maior valor de marcado entre aberturas de capital, desde 2004, são os de serviço médico-hospitalares, análise e diagnósticos, com 12 empresas representando R$ 219,8 bilhões de valor de mercado. Com isso, o setor representa 5% da B3.
Logo em seguida está o setor de exploração, refino e distribuição, com 9 empresas, representando 3,73% da Bolsa brasileira, com R$ 163,922 bilhões em valor de marcado.
O setor com mais IPOs é o de incorporações, com 20 companhias listadas. Contudo, representa apenas 0,62% da B3, com R$ 27,347 bilhões em valor de mercado.