IPO da Raízen (RAIZ4) já está garantido por investidores internacionais, diz site
A Raízen (RAIZ4), joint venture entre Cosan (CSAN3) e Shell na área de distribuição de combustíveis, chega ao mercado de capitais praticamente já vendida. A oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) da companhia está teoricamente coberta – ou seja, o mercado deve acompanhar agora apenas a venda do lote extra. As informações foram divulgadas pelo site Exame.
De acordo com fontes do site, os compradores, como já era esperado, são principalmente estrangeiros. A recente alta do petróleo tornou um ambiente favorável para a oferta da Raízen.
IPO da empresa gera otimismo entre investidores
Hoje a empresa é avaliada entre R$ 67,5 bilhões e R$ 86,5 bilhões, e a expectativa é de que, após o IPO, a Raízen aumente seu valor — ficando entre R$ 75 bilhões e R$ 100 bilhões. Os dados reforçam o otimismo do mercado com aquele que deve ser o maior IPO do ano.
Na quarta-feira (14), a Raízen informou que espera a faixa indicativa das suas ações entre R$ 7,40 e R$ 9,60. Considerando o teto da faixa, o IPO pode movimentar até R$ 7,7 bilhões, o que a credenciaria entre as maiores da história da B3.
Considerando a venda total e no preço máximo de ações, a Raízen pode estrear na Bolsa avaliada em quase R$ 97 bilhões — e, no mínimo, em quase R$ 75 bilhões.
Raízen estreia na B3 no dia 5 de agosto
Segundo o prospecto da Raízen, a oferta consistirá na distribuição pública primária de, inicialmente, 810,8 milhões de novas ações a serem emitidas pela companhia.
O preço por ação será fixado no dia 3 de agosto e o início de negociação dos papéis na B3 está estimado para acontecer dois dias depois, 5 de agosto.
A Raízen solicitou o registro Nível 2 da bolsa brasileira. A oferta será de ações preferenciais, sem direito a voto, mas com preferência no pagamento de dividendos. O BTG Pactual (BPAC11) é o coordenador líder. Haverá atuação também do Citi, Bank of America e Credit Suisse.
Também participam Bradesco BBI (BBDC4), JP Morgan, Santander (SANB11), XP, HSBC, Morgan Stanley, Safra e Scotiabank.
De acordo com o prospecto, a companhia pretende utilizar os recursos líquidos provenientes da oferta para:
- construção de novas plantas para expandir a produção de produtos renováveis e capacidade de comercialização;
- investimentos em eficiência e produtividade nos parques de bioenergia da empresa;
- investimentos em infraestrutura de armazenagem e logística para suportar o crescimento de volume comercializado de renováveis e açúcar.
A oferta da Raízen deve buscar investidores interessados no tema de sustentabilidade, principalmente ao mostrar ao mercado a presença da companhia no setor de biocombustíveis.