IPO da Pague Menos (PGMN3): saiba tudo sobre a abertura de capital na B3

A rede de drogarias Pague Menos vai realizar sua Oferta Pública Inicial (IPO) no dia 2 de setembro. A empresa do setor da moda tinha pedido o registro para a abertura de capital no dia 25 de julho. Após a operação, as ações da empresa serão listadas no segmento Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) com o código “PGMN3”.

Segundo o prospecto apresentado pela própria empresa na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o IPO da Pague Menos consistirá na distribuição pública primária de, inicialmente, 87.873.463 novas ações ordinárias de emissão.

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A operação também prevê a negociação de lotes suplementar e adicional em favor de coordenadores da oferta e para investidores, caso haja excesso de demanda. Isso poderia elevar o número de papéis em até 15% do total. Ou seja, em até 13.181.019 papéis.

Segundo a rede de farmácias, a operação pode levantar cerca de R$ 1,3 bilhão, já que o preço de subscrição ou aquisição por ação estará situado entre R$10,22 e R$12,54, e o cálculo foi realizado com o preço médio de R$ 11,38 por ação Atualmente o capital social da empresa é de R$ 382.726.580,00, divido em 342.726.580 ações ordinárias.

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A Pague Menos tem 58.263.518 ações ordinárias, representativas de 17,00% do seu capital social em circulação. Após a realização do IPO (sem considerar as ações do lote suplementar), um montante de até 146.136.981 ações ordinárias, representativas de 33,94% do capital social, estarão em circulação no mercado. Considerando a colocação das ações do lote suplementar, um montante de até 159.318.000 ações ordinárias de emissão da rede de farmácias, representativas de 35,90% do seu capital social, estarão em circulação no mercado.

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O período de reserva do IPO da Pague Menos vai de 12 de agosto até 27 de agosto.

Simultaneamente ao IPO na B3, serão também realizados esforços de colocação das ações da Pague Menos, na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), exclusivamente para investidores institucionais qualificados (qualified institutional buyers), residentes e domiciliados nos Estados Unidos, conforme definidos na Regra 144A, editada pela U.S. Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos (SEC).

Os bancos coordenadores da abertura de capital da Pague Menos serão:

  • Banco Itaú BBA S.A (coordenador líder);
  • Credit Suisse;
  • Banco Santander;
  • XP investimentos;
  • Banco J.P. Morgan;
  • BB-Banco de Investimento;

Cronograma do IPO da Pague Menos

O calendário da oferta inicial de ações da Pague Menos é o seguinte:

  • Registro da solicitação na CVM – 25/06/2020
  • Aviso ao mercado e disponibilização do prospecto preliminar – 27/06/2020
  • Início do procedimento de bookbuilding – 07/07/2020
  • Início do pedido de reserva de ações – 12/08/2020
  • Encerramento do Período de Reserva – 27/08/2020
  • Encerramento do processo de precificação (bookbuilding) e fixação do preço por ação – 31/08/2020
  • Início da negociação em Bolsa – 02/09/2020
  • Liquidação das ações – 03/09/2020

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Saiba mais sobre a Pague Menos

A rede de farmácias Pague Menos é terceira maior do Brasil em termos de número de lojas, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (“ABRAFARMA”). A empresa cearense, fundada em 1981, opera com 1.112 lojas localizadas em todos os estados brasileiros.

O público alvo da empresa possui uma faixa etária média de 58 anos, pertence às classes B2, C e D (“Classe Média Expandida”), com um gasto mensal médio em torno de R$153,00, e representa cerca de 73% do total de seus clientes. O segmento de mercado da Classe Média Expandida representou um total de 147,7 milhões de consumidores em 2019, cujo consumo de medicamentos totalizou R$114,8 bilhões no mesmo ano, representando 81% do mercado brasileiro.

Em 2016 a Pague Menos recebeu um investimento minoritário da General Atlantic, um fundo de investimentos norte-americano que tem US$34 bilhões de ativos sob gestão. Com esses recursos, iniciou-se uma reestruturação na empresa, com melhorias em vários setores, como o da governança, time de gestão, bem como processos e sistemas internos.

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Em 2019 a empresa teve um  lucro líquido ajustado de R$ 23,8 milhões no período, em queda em relação aos R$ 47,9 milhões de 2018 e aos R$ 107,4 milhões de 2017. A receita bruta, por outro lado, aumentou para R$ 6,79 bilhões no ano passado, contra os R$ 6,59 bilhões em 2018 e os R$ 6,30 bilhões em 2017.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 259 milhões em 2019, contra os R$ 241,6 de 2018 e R$ 278,9 de 2017. Por sua vez, a margem Ebitda ajustada foi de 3,8% em 2019, 3,7% em 2018 e 4,4% em 2017.

A receita bruta mensal por loja da Pague Menos foi de R$ 495 milhões em 2019, contra os R$ 489 milhões em 2018 e R$ 517 milhões em 2017. Enquanto as receitas digitais aumentaram em 2019, chegando a R$ 144,6 milhões, contra os R$ 104,1 milhões de 2018 e os R$ 73 milhões de 2017.

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Carlo Cauti

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