A aguardada oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) do Nubank (NUBR33) finalmente aconteceu. O roxinho integra agora a lista de empresas brasileira listadas na NYSE, a bolsa de valores de Nova York.
A estreia não poderia ter sido melhor: o banco encerrou seu primeiro dia em alta de 14,78%, com as ações cotadas a US$ 10,33. Com isso, o banco agitou o mercado e liderou entre as notícias mais lidas da semana.
As novas recomendações do BTG Pactual (BPAC11) para o setor varejista também figuraram entre as mais lidas. Os analistas comentaram sobre a situação delicada de algumas das empresas favoritas do Ibovespa: Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Via (VIIA3). Na avaliação do banco, elas enfrentam cenário duro, mas ao menos duas devem conseguir reverter o quadro de baixa.
Por fim, os anúncios de dividendos dos bancos Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) movimentaram o mercado nesta semana. O Bradesco divulgou a distribuição de R$ 2,2 bilhões aos seus acionistas. O Itaú tornou público o cronograma de pagamento de dividendos para o ano de 2022 — que foi revisado em comunicado nesta sexta (10).
Veja abaixo o resumo das principais notícias da semana. Acesse os links para ler o texto completo e bom final de semana!
IPO do Nubank agita o mercado com o IPO mais esperado do ano
A cerimônia de abertura de capital do Nubank – agora negociado no Brasil pelo ticker NUBR33 via BDR (Brazilian Depositary Receipts) – ocorreu na última quinta-feira (9), em Nova York.
A ação no Nubank começou as negociações na Nyse cotada a US$ 11,25, após um longo período de leilão. Na noite de quarta (8), a fintech comunicou que sua abertura de capital aconteceria com o valor de US$ 9 por ação.
Na máxima do dia, os papéis do Nubank chegaram a subir 36%, disparando para US$ 12,24. Com isso, o IPO no Nubank consolida o banco digital como o mais valioso da América Latina e uma das aberturas de capitais mais bem sucedidas de Wall Street em 2021.
O Nubank chegou a um valor de mercado acima dos US$ 41 bilhões. Mas, no primeiro dia de negociações, os ativos encerraram o pregão cotados a US$ 10,33 e o valor de mercado do banco digital foi para US$ 47 bilhões.
Com isso, o Nubank, que havia estreado como a quarta empresa mais valiosa do Brasil, passou a Ambev (ABEV3), com US$ 44,5 bilhões, e se tornou a terceira, atrás somente da Vale (VALE3), com US$ 69,7 bilhões e Petrobras (PETR4) com US$ 71 bilhões.
BTG revê recomendação para varejistas
As varejistas Via (VIIA3), Americanas (AMER3) e Magazine Luiza (MGLU3) figuram entre as maiores quedas do Ibovespa no ano. O cenário macro do País com alta da inflação, juros ascendentes e forte desemprego é desfavorável para o negócio dessas empresas.
Mas o BTG Pactual ainda vê esperanças para duas delas: Magazine Luiza e Americanas. Já para a Via a situação está mais difícil, segundo o banco de investimentos.
Enquanto as ações AMER3 e as ações MGLU3 recebem recomendação de compra, com preço-alvo a R$ 45,00 e R$ 16,00, respectivamente, as ações VIIA3 receberam recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 8,00.
BTG recomenda compra de Magazine Luiza (MGLU3), mas rebaixa preço-alvo
O Magazine Luiza figura na lanterna do Ibovespa em 2021. A varejista perdeu 70% do valor em Bolsa neste ano.
Grande parte dessas perdas se deve ao cenário do País no ano, com inflação alta, aumento de juros, forte taxa de desemprego, fatores que são prejudiciais para o negócio de varejistas como o Magazine Luiza.
Porém, o BTG Pactual ainda vê chances de reversão do quadro para as ações do Magalu em 2022. A recomendação do banco é de compra, sob o argumento de que a empresa tem o potencial de se superar no longo prazo.
Embora a recomendação seja de compra, o preço-alvo para 2022 diminuiu, saindo de R$ 26 para R$ 16 ao final do ano.
Os analistas do BTG apontam o cenário competitivo do e-commerce no curto prazo e uma base comparativa difícil com o crescimento do ano passado para as varejistas. Porém, no caso do Magazine Luiza, eles veem a empresa com um potencial diferenciado.
Bradesco pagará R$ 2,2 bilhões em dividendos e JCP
O Nubank não foi o único banco a chamar a atenção nesta semana. O Bradesco aprovou na última quinta (9) a distribuição de dividendos e Juros sobre o Capital Próprio (JCP) complementares aos seus acionistas, no valor total de R$ 2,2 bilhões.
Desse montante, os dividendos do Bradesco correspondem a 2 bilhões. O valor unitário será de R$ 0,19 por ação ordinária (BBDC3) e R$ 0,21 por ação preferencial (BBDC4), sem retenção de Imposto de Renda na fonte.
Já os 200 milhões restantes serão ofertados via JCP, considerando o valor unitário de R$ 0,019 e R$ 0,021 por ação ordinária e preferencial, respectivamente. No entanto, haverá dedução do imposto de renda na fonte de 15%. Sendo assim, o valor líquido do JCP do Bradesco é de R$ 0,016 por ação ordinária e R$ 0,018 pela preferencial.
Itaú (ITUB4) divulga calendário de dividendos de 2022
O Itaú divulgou o seu cronograma de pagamento de dividendos para o ano de 2022, com pagamento de R$ 0,015 por ação, segundo aviso aos acionistas. O documento foi arquivado na Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, na última segunda-feira (6).
Segundo o cronograma dos dividendos do Itaú, a remuneração será mensal e sempre ocorrerá no primeiro dia de cada mês do ano, tomando como data base o último pregão do mês anterior.
Ou seja, o pagamento dos dividendos de janeiro será feito no dia 1º de fevereiro, com data base no pregão do dia 30 de dezembro de 2021. Seguindo essa lógica, o banco pagará a última parcela em janeiro de 2023, sendo referente ao mês de dezembro de 2022.
Mas ontem o banco mudou: o Itaú aprovou nesta sexta (10) o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), em substituição aos dividendos mensais de 2022. O valor será de R$ 0,01765 por ação, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,015 por ação.
Do IPO do Nubank à recomendação do BTG, essas foram as 5 notícias mais lidas da semana no Suno Notícias. Para ler todas as notícias do site, clique aqui ou nos siga no Instagram e Twitter.