IPO nos Estados Unidos: veja quais empresas planejam abrir capital em Nova York
A Bolsa brasileira vive uma seca no que diz respeito às aberturas de capital. Já são quase três anos sem um IPO por aqui, enquanto nos Estados Unidos, já aconteceram 94 ofertas neste ano. Com isso, algumas empresas do Brasil estão se movimentando para garantir suas listagens em Nova York.
A última onda de IPOs brasileiros nos Estados Unidos envolveu empresas do setor financeiro, a exemplo do Nubank (ROXO34) e da Stone (STOC31). Agora, empresas de outros segmentos podem estar trilhando o mesmo caminho, como é o caso da Moove, empresa de lubrificantes do grupo Cosan (CSAN3) e a Wellhub, antiga Gympass.
Um dos IPOs mais esperados é o da Vale Base Metals, unidade de metais básicos da Vale (VALE3), apontada como potencial candidata para abrir capital nos Estados Unidos, ainda que a mineradora não confirme o movimento.
Voltando ao setor financeiro, vale também citar a PicPay, que chegou a montar sindicato em 2021 e contratou o Citi a fim de negociar suas ações na Nasdaq.
Saindo do âmbito exclusivamente doméstico, a rede de ensino canadense Maple Bear e o app de delivery colombiano Rappi são outras companhias que podem fazer IPO nos EUA.
No primeiro semestre deste ano, os IPOs nos Estados Unidos movimentaram US$ 20,7 bilhões, maior cifra desde 2022. Na Nyse, o valor levantado foi de US$ 12 bilhões, enquanto a Nasdaq movimentou US$ 8,7 bilhões.
Vale destacar que, para realizar sua listagem no exterior, as empresas brasileiras ou de qualquer outro país não precisam ter receitas em dólar. Precisam, contudo, apresentar alta taxa de crescimento e serem líderes em seus setores para atrair a atenção de mais investidores.
As principais vantagens do mercado norte-americano dizem respeito ao acesso a investidores dedicados a setores específicos, menor diluição e a maior liquidez. Por outro lado, o custo para fazer um IPO nos Estados Unidos é mais alto, e a legislação por lá costuma ser mais rígida do que a brasileira.