A Volkswagen disse nesta quarta-feira (28) que precificou a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações da alemã Porsche, sua controlada.
O valor está no teto da faixa de preço, que era de 76,50 (R$ 398) e 82,50 euros (R$ 430,2). A Porsche afirmou que o IPO deve levantar entre 9,4 bilhões de euros (R$ 49 bi) dentro da oferta de aproximadamente 114 milhões de ações preferenciais. As informações são do jornal Valor Econômico.
As ações da Porsche devem estrear na bolsa de Frankfurt na quinta-feira (29), na bolsa de Frankfurt, com um valor de mercado superior a 75 bilhões de euros (R$ 391 bi). De acordo com o The Wall Street Journal, o IPO da Porsche é a maior oferta desde a entrada da mineradora Glencore, em 2011.
O jornal americano informou que alguns dos investidores são a Qatar Investment Authority, um dos principais acionistas da Volkswagen, a Norges Bank Investment Management, da Noruega, a T. Rowe Price e a ADQ, braço de investimentos do governo de Abu Dhabi.
A Volkswagen decidiu, em referência ao icônico modelo de carro esportivo 911 da Porsche, criar 911 milhões de ações da Porsche, divididas igualmente entre ações ordinárias e preferenciais. Somente as ações preferenciais serão listadas.
A controladora da Porsche também está vendendo aproximadamente o mesmo número de ações ordinárias para a Porsche SE, o maior acionista da VW e o fundo de investimento listado de propriedade majoritária dos herdeiros do inventor do Fusca, Ferdinand Porsche.
Ao todo, a VW, que mantém uma participação de 75% na Porsche, levantará até 19,5 bilhões de euros (R$ 101,6 bi) com as vendas de ações. A empresa disse que planeja distribuir quase metade dos lucros aos acionistas da Volkswagen em dividendos especiais.
O WSJ afirma que a expectativa do valor restante deve ajudar a financiar a investida agressiva da montadora em veículos elétricos, o desenvolvimento de novas tecnologias, como carros autônomos, e a criação de um novo negócio de construção de baterias para seus veículos elétricos.
A Porsche registrou receita de 33,1 bilhões de euros (R$ 172 bi) no ano passado, gerando um retorno sobre as vendas de 16%, ante 9,7% durante a crise financeira em 2009.
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