Novo IPO em 2019: Neoenergia deve precificar ações no fim de junho
Após a oferta pública inicial (IPO) da Centauro (CNTO3), a próxima empresa que deve estrear na B3 deve ser a Neoenergia. A companhia deve precificar as ações no fim de junho. Na próxima semana, a empresa planeja oferecer mais detalhes e apresentações aos investidores (roadshows). As informações são do “Estado de S. Paulo”.
O valor de mercado da Neoenergia é avaliado em cerca de R$ 18,4 bilhões atualmente. No pedido de abertura de capital, foi solicitada a admissão para negociação dos títulos no segmento Novo Mercado da B3.
O IPO deve ser a oportunidade do Banco do Brasil (BB/BBAS3) deixar a participação na empresa de energia.
Os principais sócios da Neoenergia são:
- Iberdrola com participação de 52,45% (deve manter controle);
- Banco do Brasil (BBAS3) com participação de 9,34% (deve vender toda a fatia);
- e o Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) com participação de 38,21% (deve desfazer-se de parcela mínima).
Neoenergia com nova usina
Na última quinta-feira (23), a Neoenergia inaugurou a usina hidrelétrica do Baixo Iguaçu, em Capanema (PR). A usina fica a 567 quilômetros da capital paranaense, Curitiba.
O presidente da presidente da empresa Iberdrola, Ignacio Galán, compareceu ao evento. A espanhola Iberdrola é a controladora da Neoenergia, e atua nos segmentos de distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica.
Sobre a abertura de capital da companhia, Galán afirmou que deve ocorrer nos “nos primeiros dias”. A Neoenergia atua na distribuição de energia no Brasil, e entre as principais subsidiárias estão:
- Elektro, que opera em São Paulo e no Mato Grosso do Sul;
- Coelba, que opera na Bahia;
- Celpe, que opera em Pernambuco
- e Cosern, que opera Rio Grande do Norte.
A Neoenergia já tinha tentado estrear na Bolsa em 2017. Entretanto, na época, a precificação ofertada pelos investidores não agradou os acionistas brasileiros.
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Debêntures
A Iberdrola planeja uma oferta pública de distribuição de R$ 1,25 bilhão em debêntures. Segundo o economista da Suno Research, Rodrigo Wainberg, “as debêntures são títulos de dívida que uma Sociedade Anônima (S/A) possui com um investidor”.
Tal dívida pode ser de médio ou longo prazo. Deste modo, o credor passa a ter direito de crédito com a companhia.
A Neoenergia informou que serão emitidas e oferecidas, inicialmente, um total de 1,250 milhão de debêntures. Cada uma precificada a R$ 1 mil. No entanto, poderá haver disponibilidade de um lote adicional de de 250 mil debêntures. Desta forma, o total a ser arrecadado pode atingir R$ 1,5 bilhão.
As debêntures deverão ser emitidas em suas séries:
- com vencimento em 10 anos (15 de junho de 2029);
- e com vencimento em 14 anos (15 de junho de 2033).
Segundo a Neoenergia, trata-se da sexta emissão de debêntures para financiar as operações brasileiras.